Hoje deveríamos todos retornar a ler os comentários e matérias publicadas, neste blog, quando o Bahia eliminou o Vitória da Copa do Nordeste. Huumm! Naquela oportunidade disseram que o Bahia esmagara a “turma do lixo” (sobre a turma do lixo, posteriormente enviarei para Dalmo uma visão sobre esta insinuação). Pisotearam-nos e para estes as gozações, só têm uma via. Sentido contrário se estaria na contra-mão, causando “stress”.
Chocado com aquela derrota de 2 x 0, por inabilidade de Argel, mas por causa da extremada comemoração de parte da torcida tricolor, quando ainda não era conquista de um título, lembrei-me de uma famosa fábula de Esopo que conta a história de um galo que após intensa disputa derrotou o oponente, tornando-se o rei do galinheiro. O galo vencido, dignamente, preparou-se para deixar o terreiro. O vencedor, vaidoso, subiu ao ponto mais alto do telhado e pôs-se a cantar aos ventos o seu triunfo. Chamou a atenção de uma águia, que o arrebatou em vôo rasante, pondo fim ao seu triunfo e à sua vida. A moral dessa história, como próprio das fábulas, é bem simples: devemos ser altivos na derrota e humildes no triunfo.
Terminou o campeonato baiano, mantendo-se o Vitória na hegemonia local e regional. Li uma justificativa, por aqui, que se debita desvantagem do tricolor a jogos realizados, pelo time reserva. Não sei se o meu envelhecimento está chegando e furtando a minha memória ou por não desejar que o torcedor, no caso rival, seja enganado. Salvo engano, o Vitória jogou também com reserva e no seu melhor jogo, venceu o Flu de goleada, MAS SE O BAHIA tivesse feito igual campanha do Vitória, também não teria vantagem, porque PERDERA para o rubro-negro, na 10ª. Rodada com o time considerado de TITULAR.
Sempre escrevi por aqui que o Vitória tinha e tem melhor elenco, contudo não podemos deixar de reconhecer as pressões internas, contra Argel, fortalecidas, com a perda da Copa Brasil e em seguida, pela perda de vários atletas por contusão. Os problemas internos fragilizaram o Vitória, mas mantinha-se a falsa impressão de provável classificação, na Copa do Nordeste, mas o nosso rubro-negro foi incompetente, quando deveria fazer um placar elástico no Barradão, quando jogava, com um atleta a mais e não o fez. Em seguida, o Bahia foi competente no triunfo de 2 X 0.
Na final do baiano, tudo se retornou ao normal e se fez justiça, com o título, para o nosso rubro-negro, que venceu um campeonato de forma invicta. Neste Século XXI, é o 11º. título baiano, enquanto o Bahia permaneceu somente com quatro. Lembro-me quando se iniciou este século em 2001 o tricolor baiano venceu e na época disseram que iriam mudar os números anteriores, mas esta previsão não se confirmou.
Contudo, as causas destes triunfos do Vitória sobre o Bahia devem ser analisadas, pelos tricolores. Parece-nos que ainda não foram felizes com seus gestores. Realmente, é inaceitável que em pouco mais de dois anos, a atual diretoria só ganhou duas vezes e perdeu SEIS BAVIs, fortalecendo mais ainda a hegemonia rubro-negra.
Na verdade, como sempre, nada de comemorarmos, pois os rubro-negros se encontram preocupados com a Série A. Estes jogos contra o Bahia demonstraram que estamos muito aquém do ideal. Gastaram muita grana e estamos na porta do brasileirão e com técnico novo, jogando por terra todo planejamento festejado por Sinval.
Façamos votos que os nossos clubes honrem a bandeira de nosso Estado, nos próximos meses. E um recado, para os que gostam de nos chamar de vicentinos. Façam uma pesquisa do número de vices que o Bahia porta depois que foi inaugurado o Barradão.
Bem, vou enviar para o amigo Dalmo mais uma matéria, para publicação, sobre a “turma do lixão” e praticamente reduzindo e muito minha participação, por aqui, pois, por questões de foro íntimo, vou dedicar parte do tempo disponível, para assuntos outros, não do futebol. Felicidades para os rubro-negros e tricolores, para o próximo domingo.
Atahualpa – Torcedor do Vitória e colaborador do Futebol Baiano.