O Bahia e os reforços tratados como "REFUGOS"

O Bahia e os reforços tratados como “REFUGOS”

Quais times no Brasil têm condição de trazer destaques de outros times brasileiros?

O Bahia e os reforços tratados como “REFUGOS”

Este é um tema tão interessante quanto delicado. Não vou nem entrar muito na discussão da utilização da base, porque ela é bem complexa. Mas essa coisa do “refugo” dá pano pra manga também e é nela que queria focar meu comentário abordando o texto aqui publicado pelo Fellipe Amaral intitulado “Apostar na prata da casa ou em ‘refugos’ de outros clubes?”

E começaria perguntando: quais times no Brasil têm condição de trazer destaques de outros times brasileiros? Quem conseguiu fazer isso essa temporada? Não consigo lembrar.

Peguemos o campeão brasileiro, o Palmeiras. Trouxe Hyoran, Rafael Veiga, Keno, Guerra e Michel Bastos. Exceção feita ao venezuelano que jogava na Colômbia, todos vieram após o fim de seus contratos e ao chamado “custo zero”. Michel Bastos saiu corrido do São Paulo e se encaixaria nesse termo “refugo”.

Infelizmente, essa é a realidade dos clubes brasileiros, principalmente os de porte médio pra baixo, como o Bahia. Ou alguém acha que Bahia e Vitória têm bala na agulha pra chegar em Palmeiras, Flamengo, Atlético/MG e etc. e buscar seus titulares? Eu acho impossível, tirando uma pequena exceção aqui e acolá, de jogadores menos valorizados e mais contestados.

Os times de menor orçamento têm que ter criatividade ao explorar o mercado e, sinceramente, acho que essa diretoria do Bahia tem apresentado isso. Não estamos mais vendo aqueles caras em fim de carreira chegando ao Bahia, com 33, 34, 35 anos.

As contratações do ano passado foram de um perfil interessante, em boa parte de jogadores que se destacaram em seus times, em times de porte menor que o Bahia. Moisés estava no Corinthians, mas havia se destacado no Bragantino; Tinga jogou em seleção de base e era destaque no Fortaleza; Paulo Roberto foi titular do Figueirense em boa parte da temporada anterior; Danilo Pires e Luizinho foram destaques do Santa, que subiu; Juninho se destacou no Macaé e Edgar Junio no Joinvile. Dentro deste conceito de “refugo”, vemos duas contratações: Hernane, mas que era um reserva utilizado com certa frequência num Sport que estava encaixado e Jackson, que teve suas chances no Palmeiras e no Inter, mas não deu tão certo por lá, apesar de ter sido titular algumas vezes.

Claro, destes 9, boa parte acabou não vingando, mas esse é um risco do negócio. Entre tapas e beijos, dentro deste grupo de jogadores estão o principal jogador do time na última temporada (Juninho) e os dois artilheiros (Hernane e Edgar) do time na temporada. Outros, como Jackson e Moisés foram importantes. Consideraria que, dos 9, 5 tiveram um retorno interessante.

No meio do ano veio uma leva que poderia se encaixar mais nesse conceito de “refugo”, mas ainda assim vemos jogadores interessantes, como Regis (12o jogador do time e que veio a ser titular), Luis Antonio (uma solução interessante, que fez o Bahia se livrar do grosso Paulo Roberto), Cajá (que apesar das oscilações foi importante em várias situações, como contra o CRB e o Bragantino, além de, após realizar uma pré temporada completa neste ano, poder se tornar um jogador fundamental para o Bahia em 2017), Eduardo (que apesar de reserva do Atletico/PR, era um jogador que jogava com frequência e teve sua saída lamentada pela torcida do Furacão) e René Junior (jogador com bom poder de marcação e que também se mostrou importante no final).

Ou seja, da pra buscar no grupo dos 11 times mais ricos do Brasil (não falo 12 porque o Botafogo pra mim só é considerado GRANDE pelo passado) jogadores interessantes que não estão sendo aproveitados ou que não foram tão bem em algum momento. O Sport de 2015 foi assim, o Atletico/PR e o próprio Botafogo deste ano tem jogadores assim, times com mais investimento fizeram isso (Flamengo com Fernandinho e até o Palmeiras com caras como Arouca e Egídio, lá atrás, pra ficar nesses exemplos).

Creio que é importante mesclar um pouco de tudo: buscar os destaques dos times menores ou do mesmo porte que o Bahia, aliado à busca de algumas oportunidades nos times de maior investimento, mas fugindo dos caras em fim de carreira e temperando com jogadores vindo da base

 Carlos Patrocinio – Torcedor do Bahia e amigo do BLOG.  

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Redação Futebol Baiano

Contato: futebolbahiano2007@gmail.com



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