Apostar na prata da casa ou em 'refugos' de outros clubes?

Apostar na prata da casa ou em ‘refugos’ de outros clubes?

Bahia deveria apostar na sua base para colher os frutos ou apostar em medalhões?

Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia

Após se destacar na Copa São Paulo de Futebol Júnior em 2016, sendo o artilheiro da competição com oito gols, todos esperavam que o centroavante Geovane Itinga fosse incorporado ao time principal do Bahia e mesmo com a pouca idade na época (17 anos) ganharia algumas chances no Campeonato Baiano e Copa do Nordeste para mostrar seu potencial sob comando do técnico Doriva. No entanto, nada disso aconteceu, a jovem promessa apenas treinou com a equipe profissional e pouco tempo depois já estava novamente jogando com o Sub-20, diferente de Mário e Jacó, que até tiveram oportunidade de mostrar serviço em algumas partidas.

Após o término do Campeonato Brasileiro da Série B, o Esporte Clube Bahia colocou como prioridade a contratação de um centroavante para disputar posição com Hernane, que oscilou na competição nacional, ficou inúmeras partidas com rendimento abaixo do esperado e sem balançar as redes, sofreu novamente com as lesões como aconteceu no Sport, mas conseguiu terminar o ano revigorado como titular absoluto e artilheiro do time, é claro, por falta de concorrência e opção, já que se tivéssemos outro legítimo camisa 9 no elenco no mínimo esforçado, poderia ameaçar a titularidade do “Brocador”.

Depois de muito estudo e uma busca intensa, eis que o Bahia anuncia a chegada de Gustavo, ou GustaGOL, como foi carinhosamente apelidado nos tempos de Criciúma, clube no qual se destacou (com 18 gols em 32 jogos), despontou para o futebol e de presente acabou ganhando uma chance de jogar no Corinthians, onde não teve o mesmo sucesso, ao contrário, sequer fez um golzinho para contar história em oito jogos pelo clube.

É verdade o clube paulista vivia um momento ruim, e o atacante não foi tão aproveitado e quando teve chance, era no decorrer das partidas. Mesmo assim, não deixa de ser uma aposta. Pode queimar minha língua, mas vejo Gustavo apenas como uma leve sombra para o atacante Hernane que deve continuar como titular absoluto.

É claro que não deixa de ser um bom reforço para compor elenco, pode ser muito útil se jogar o que jogou no Criciúma. Só um questionamento. Não teria Geovane Itinga (hoje com 18 anos) capacidade para ao menos figurar no elenco principal?

Um jovem que mostrou um faro de gols impressionante, atraiu o interesse de grandes clubes, mas renovou contrato e permaneceu no Fazendão com o sonho de ter uma oportunidade nos profissionais, mas desapareceu em 2016, sequer foi lembrado por Doriva ou Guto Ferreira mesmo com o Bahia sofrendo à procura de reserva imediato para Hernane e agora em 2017 terá nova chance de provar que pode ser utilizado no time cima quando disputará novamente à Copinha, mais um teste para mostrar seu potencial.

O que seria mais interessante e proveitoso para o Bahia? Apostar em uma jovem promessa prata da casa que pode despontar assim como Bruno Paulista, Gabriel, Talisca, etc, e futuramente render lucros ao clube ou apostar em um jogador que era terceira ou quarta opção no Corinthians e vem por empréstimo para tentar se valorizar novamente e talvez utilizar o clube como “trampolim” para alavancar sua carreira, assim como fizeram Luiz Antônio e Moisés, ambos reservas no Sport e Corinthians e receberam uma oportunidade de “renascer”, digamos assim, para o futebol e não demonstrando nenhum interesse em permanecer no Tricolor.

Vale lembrar que Gustavo também é um jovem ainda começando no futebol, é claro, mais rodado que Itinga, porém, ainda assim com apenas 22 anos e um longo caminho pela frente. Caso nosso “matador” do Esquadrãozinho deslanche outra vez na Copinha, com toda certeza estará no elenco principal disputando com Gustavo uma chance no ataque tricolor.

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Autor(a)

Fellipe Amaral

Administrador e colunista do site Futebol Bahiano. Contato: futebolbahiano2007@gmail.com



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