ARENA DA FONTE NOVA – QUEM VAI JOGAR?

ARENA DA FONTE NOVA – QUEM VAI JOGAR?

Texto publicado em 29/01/2010

Parece que o conselheiro e ex-presidente do Vitória, Paulo Carneiro, vai levar realmente a serio a ideia do BLOG, que tem produzido textos por cima de textos, sempre com temas interessante e de interesse para todos nós, seja ele Bahia ou Vitória. Hoje aborda o projeto Arena Fonte Nova, quem vai por lá jogar? O Bahia já acenou favorável, inclusive recebendo convite da empresa que deve operar o novo estádio, e o Vitória? Não aceitando, inviabiliza economicamente o negócio? Bom, particularmente só acredito no sucesso desta empreitada caso exista a participação do Bahia e também do Vitória.

Confira as expressões sobre o assunto do Paulo Carneiro no texto abaixo.

Ontem fui convidado a conhecer os novos projetos preparados pela PMS, para transformar Salvador numa Capital Mundial. A inspiração e a oportunidade é única. Aproveitar os recursos do governo federal para melhorar as cidades que vão abrigar jogos do Mundial 2014, em parceria também com o governo estadual. Fiquei impressionado com o que vi.

Esse João é um abençoado, pois ainda na sua gestão, algumas dessas obras serão inauguradas e temos que lhe dar o mérito de ter sensibilizado grupos empresariais a desenvolver projetos que vão transformar a paisagem de Salvador.

Um desses projetos é a Arena da Fonte Nova, concebida para os jogos da Copa 2014.Mas existe uma questão que parece que o Governo do Estado não está muito preocupado.Quando acabar a Copa do Mundo quem vai jogar no estadio? O Bahia já acenou favoravelmente.E o Vitoria? Pelo que sei o Vitória não quer jogar lá e já se movimenta para melhorar o acesso ao Barradão.

Sabemos que este empreendimento será feito pelo sistema de concessão.Ou seja, o grupo empresarial escolhido para construir, deve contratar uma operadora especializada que durante 35 anos vai operar o Estadio, gerar lucro,recuperar o capital investido e devolver para o Estado ou para os clubes sem ônus.Tambem não sabemos.O que fica no ar é:Se o Vitória não quiser jogar nesse Estádio a curva econômica do empreendimento se viabiliza? Afinal de contas com os dois clubes seriam 70 jogos e com um clube 35 jogos.É uma enorme diferença. E as outras propriedades do estadio,que são muitas, com quem vão ficar e qual a participação dos clubes ou do clube se ficar só o Bahia?

O Vitória usa a rivalidade para justificar seu intento.Não concordo, pois o novo Estadio nada tem a ver com o antigo – em que segundo os rubronegros o Bahia teve a melhor performance da sua historia – que era um estadio construido em 1951 e totalmente obsoleto.”Só falta aparecer esses xiitas do Instituto de Cultura da Bahia para tentarem tombar aquela construção que de histórico só tem os títulos conquistados pelos nossos clubes e essa história pertence aos clubes e não ao estádio.Mas aqui na Bahia tudo é possivel”.Até aceitaria se o motivo fosse não perder o Barradão ou torná-lo ocioso.

Mas ainda assim e como um dos seus construtores e aquele que o viabilizou definitivamente, preferia caminhar em direção a modernidade.Só pra lembrar,na Italia e mais precisamente em Milão, a cidade mais rica daquele país, o estadio serve para dois dos principais clubes do mundo,Milan e Inter.Portanto fora ao conservadorismo e viva o modernismo.Temo que a nova Arena não seja econômicamente viável e acabe no colo do Estado para operá-lo, onerando o estado com uma atividade que não deveria lhe caber.

O Vitoria precisa enxergar o futuro para não ficar como um picolé exposto ao sol. A área aonde esta o Barradão e o os outros equipamentos da Toca do Leão, adquirida e construída por todos os rubro-negros – e ai posso me orgulhar das intervenções feitas nas minhas gestões – nunca foi o lugar ideal para se impantar um estádio. Na época fizemos uma pesquisa geoeconômica e o resultado comprovava o que já imaginávamos.

Atualmente essa área valeria uma fortuna se fosse alienada para grupos empresariais, num negocio que obrigatoriamente deveria envolver a construção de uma “cidade do leão” com Centros de Treinamentos, prédios administrativos, sede social, Arena indoor, etc.

Sem medo de errar e com experiência de construtor, acho que ainda sobraria uns 40 milhões para montagem de um fundo esportivo para investir em jovens talentos e garantir a riqueza do clube e o seu futuro. Bom acho que fui longe demais e meu papel aqui é observar a cena esportiva local e nacional e expor minhas ideias e opiniões. Rubros negros, não deixem que a vaidade de alguns, atrapalhe o futuro do clube, agora muito pressionado pelo crescimento exponencial dos seus concorrentes do sul e sudeste na Serie A do Brasileiro. E que esse exemplo também sirva para o Bahia, que aliás já negocia a venda do Fazendão.

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Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com



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