Texto publicado em 02/10/2007
“A torcida aqui é muito bonita. Eles não apupam seus jogadores”.
Não é de hoje que Artuzinho vem dando suas estocadas na torcida tricolor. Primeiramente ele enche a bola da galera, diz que ela é a melhor do mundo em comparecimento, mas deixa sempre uma ponta de insatisfação quando vem as vaia naturais de uma torcida sofrida e agoniada como está há muito tempo à nação tricolor.
Notadamente observamos que Artuzinho tem o mérito de ser um cara de muita garra e dedicação, mas notadamente também, fica bem visível essa faceta desagregadora, que neste ambiente de melindres, qual é o dos boleros, seus excessos comprometem todo o trabalho desenvolvido e o planejamento fica comprometido.
Cuidado rei Arthur! Suas estocadas nesta grande massa tri colorida pode ser a gota d’água que está faltando para transbordar o copo da desilusão e aí “babaus”.
Arturzinho ainda se disse triste “porque alguns atletas se abalaram emocionalmente”.
Ora, meu caro! Abalado está é toda a Bahia esportiva, ao ver escorrendo pelo ralo o sonho de voltar às glórias do passado, afinal são esse jogadores profissionais ou não?
“Alguns não renderam sob pressão. Faltou equilíbrio emocional. Mas o torcedor pode confiar nesse grupo. Tenho certeza que ele dará sua resposta em Natal”, acrescentou, nos vestiários.
Esse trecho de sua entrevista publicado no ECBahia, através a pena do Jornalista Nelson Barros, compromete de vez a participação do Bahia para o resto do campeonato, se é que já nesta quarta feira restem ainda esperanças. Como pôde a Diretoria, selecionar jogadores tão despreparados que sucumbem facilmente sob qualquer pressão, quais amadores? Parece até com o time do Leônico em Guanambí, quando tomou os gols necessários ao adversário só por que gritavam – vai morrer, vai morrer, vai morrer das arquibancadas.
“O empate seria bom pra todo mundo”
Com esta frase dita sobre o próximo compromisso do Bahia em Natal contra o ABC, imaginamos qual tipo de jogo será praticado por lá. Vai ser patético ver o tricolor com o bum bum agarrado à moldura do gol de Marcio.
Mas se já há pulga atrás da orelha desta sofrida nação de torcedores, o que disse Cleber, finalmente expõe as víscera do grupo, (“A palavra é comprometimento. Não é de hoje que acontece isso, não adianta jogar só um tempo. Futebol não se ganha só dentro de campo. Se ganha no dia-a-dia”) afinal, não tem um discurso aí de “grupo fechado” ou é conversa fiada mais essa vez.
Rui Carvalho, de Lauro de Freitas.
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