O Esporte Clube Bahia, errado ou certo, cedo ou tarde mudou de treinador. Saiu Preto depois de uma curta passagem sem sucesso e no lugar entra o experiente Paulo César Carpegiani e ponto final. Agora é aguardar os acontecimentos e torcer para que tenha êxito e conduza o tricolor para uma posição que merecemos na tabela de pontuação. No entanto, quero pontuar que ainda tenho sérias dúvidas se o problema do Bahia era ou é de FATO de técnico, disciplinar ou ambos. Veremos agora com a chegada do técnico gaúcho.Observo os outros clubes, e não acredito que o Bahia tenha um dos 4 piores grupos da competição, longe disso. Mas é muito nítido que falta vontade e comprometimento. Não é possível que um jogador que era terceiro reserva no Santos, seja efetivado titular no Bahia, e consiga demonstrar uma forma física inferior à de quando aqui chegou. Estou falando de Rodrigão. Pode trocar de treinador, mas se não mudar a postura dos jogadores em campo, não há possibilidade de êxito.
Será que o Bahia está devendo o bicho para alguns atletas? Creio que não. Então tem algo muito errado aí. O que presenciei no último jogo contra o Coritiba quando empatamos em 1 x 1 observando a movimentação do time sem a bola, me deixou preocupado. Quando saía, o time não evoluía junto, não se expandia em campo, se mantinha encolhido, e apenas trocavam passes laterais.
Rodrigão, recebia de costas para os zagueiros, e ninguém fazia a ultrapassagem para triangular, e assim ele era invariavelmente desarmado. Da mesma maneira, Zé Rafael, enquanto a bola viajava até ele, e era feito o domínio, já se postavam 2 ou 3 marcadores, sem que os companheiros do Bahia, se apresentassem como opção.
Os jogadores não se movimentam para dar opção a quem tem a bola, ou para se livrarem da marcação, na verdade eles se entregam a ela. O time não corre, anda em campo, não se movimenta e apesar disso, no segundo tempo fica completamente exausto.
O Bahia precisa lavar a roupa, colocar as coisas às claras e mudar a postura. Acredito ser algo mais importante que apenas mudar de técnico. Vejo a chegada de Paulo César Carpegiani apenas uma oportunidade de dar uma guinada, mas não é determinante, notadamente se os diagnósticos corretos não forem feitos e as causas tratadas de frente.
Ramon – Amigo e colaborador do BLOG