Fala, Nação Tricolor. Domingão, um sol pra cada um, calor infernal e a gente acorda pensando apenas em uma coisa: qual será o time do Bahia no dia de hoje?
Parece brincadeira, mas depois de 10 partidas com o time principal, nem técnico e nem Torcida sabem escalar os 11 titulares do Tricolor de Aço. A gente sabe apenas que alguns são reservas, dois ou três são funcionários fantasma e mais uns 3 estão jogando porque devem colocar ACDC na hora do treino, pra agradar o treinador. Porque é muito amor de um técnico por alguns desses seres.
Quando vi a escalação compartilhei no grupo do zap com a legenda: OREMOS. Porque o Bahia é uma das poucas coisas que trazem de volta meu lado católico perdido na 1ª Comunhão. A começar pela ausência de Adriel que era O GOLEIRO DO BAIANO, que não poderia ser trocado nem no único clássico do Campeonato, simplesmente, foi pro banco ver Danilo Fernandes (que é um grande goleiro). Gilberto na direita, Cicinho na esquerda (chega logo Iago). Na zaga uma dupla alta, com o mais ágil zagueiro do Esquadrão e David cintura de Ferry Boat. No meio Caio, Yago e Thaciano. Ratão, Biel e Everaldo. Ou seja, era o goleiro da Série b 2022, o time que quase caiu em 2023 e a melhor contratação do ano de 2024.
Mas… bora pro jogo
No famoso campo do Adautão, o futebol não se cria. A partida foi um bufu bufu organizado. Com chutões, raspada do atacante e briga pela segunda bola. Um Déjà vu do Bahia2023. E Cicinho, que vinha bem na partida, deu a braga fatal aos 42min. Perdeu uma disputa no campo adversário pra Bruno, que arrancou, disputou corrida com Yago, abriu 2 metros de vantagem e cruzou pro meio. O atacante fura, o centroavante atrapalha Gilberto, que tenta dar a volta nele e evitar o chute, mas não rolou. 1×0 pro Cancão.
Mas pouco depois Biel acertou um cruzamento perfeito na cabeça de David Duarte (NUNCA CRITIQUEI). 1×1 no finalzinho do primeiro tempo. O gol deu força ao Bahia que desceu pro vestiário com moral.
Segundo tempo e Xavier quase marca em outro escanteio. Mas só aos 25 minutos, enquanto o grande Rainan Peralva parabenizava meus amigos Marcelo Bogomil e Ricardo Maracajá, ambos, recém-“paridos”, veio a virada. Thaciano vence a disputa com o lateral deles, dá uma arrancada monstruosa e toca pra trás, pra Ademir dizendo: faça agora, miséria! O 7 que acabara de entrar, e estava sozinho na área, chapou no canto e fez um golaço. 2×1.
Os caras tiveram uma sequência de escanteios, mas sem muito perigo. Até que Ademir dispara para recuperar uma bola perdida, alcança e dá uma assistência para Cauly, debaixo da trave, sem goleiro. Ele tinha tudo pra fechar o caixão mas o “montinho zagueiro” desviou a bola e ele jogou na lua. Mas o galo já tava morto.
BORA BAÊA MINHA PORRA!
Líder do Baiano, líder da Copa do Nordeste, classificado pra próxima fase da Copa do Brasil com pix na conta e isso tudo com 10 times diferentes em 10 jogos. E eu, que não gostava do Rogério Ceni, aprendi a respeitá-lo (gostar do trabalho dele só depois de um título).
Vencer a Juá no terreno onde a bola pula como coelho, não é fácil. Mas tabivis tá aí é pra ser quebrado.
Salvador, São Luiz, Juazeiro e agora Maceió. Rumo ao 4º jogo, pelo terceiro campeonato, em 11 dias. É pau viola, maluco. Mas temos timeS pra isso…
Pra acabar, uma notícia triste e uma boa.
A morte do grande Bigode, Torcedor símbolo do Bahia, que assistiu a partida lá de cima, num camarote especial, foi a nota triste.
E a boa é que o nosso VICE voltou. Depois de 5 anos sem nem passar da primeira fase do Baianão, dessa vez parece que vai. Tomara que eles consigam chegar na final, dessa vez.