Muito se falou e se discutiu até, finalmente, decidirem em negociar o Departamento de Futebol Profissional do Bahia com o Grupo City. Isto posto e negócio fechado, as grande e decorrentes expectativas foram criadas pela torcida tricolor, dada a experiência do referido Grupo no mundo do futebol mundial. A Grande e Imensa Nação Tricolor viu uma grande possibilidade de voltar a viver os tempos de Glória quando chegamos a conquistar pela segunda vez o Brasileirão. Um momento aguardado por quase 30 anos pela nossa torcida. Começava uma nova era! O Bahia City!
Teve início a reformulação da Comissão Técnica e o processo de contratação dos novos jogadores quando trouxeram Biel e Kayke, além de outros jogadores tidos como bons valores e com potencial pra fazer uma boa temporada pelo Bahia. Alguns precisando se reencontrarem e outros em melhor situação mas, jogadores com alguma capacidade de jogarem bem. Para treinar o time trouxeram um português que chegou com o aval do Grupo City, por ser considerado o homem certo pra iniciar o Projeto de implantação daquele nova metodologia de trabalho preconizado pelo grupo de renome na história do futebol internacional.
Iniciando a temporada logo se percebeu que Renato Paiva tinha sérias dificuldades em armar esquemas táticos para os jogos tendo demonstrado uma incompetência enorme em fazer valer os mais dos 70 milhões investidos nas contratações. Decorrentes dos desacertos iniciais, as primeiras desculpas se pautavam no pouco tempo de treinamentos, da falta de ambientação e entrosamento das principais peças em campo e naquilo que o gajo dizia ser parte do Projeto do Grupo para desenvolver o futebol do Clube e que as melhoras no futebol seriam gradativas…
Mas, o tempo foi passando e aquilo que se apresentava como ruim foi ficando a cada jogo pior ainda com resultados pífios verificados contra adversários fracos e até mesmo desconhecidos no cenário nacional, tendo em alguns desses jogos sido sufocado num absurdo total. O rol das desculpas, pelas péssimas partidas, foi se ampliando se somando a correria do calendário e das várias competições disputadas, ao cansaço dos meninos com menos de 25 anos, dos gramados ruins, da chuva, dos ventos, entre outras mais ridículas tal qual quando falou, em alto e bom som, de que o “adversário (Vitória) veio a campo para não perder”… (um absurdo que não merece comentários).
O português jamais admitiu os seus erros e quando contestado sobre a forma do time se portar em campo, reagia de forma enérgica afirmando trabalhar para o Grupo e que as suas ações no seu trabalho, está dentro daquilo previsto no Projeto e, portanto, estaria TRANQUILÍSSIMO, mesmo diante do DESASTRE que se anunciava. Nesse momento chegou mesmo a desafiar aos que o questionavam falando das suas “convicções” e que não trabalharia de fora pra dentro mas, ao contrário!
O torcedor é a razão de um clube de futebol e deve ser respeitado, nas suas cobranças, por aqueles responsáveis pelo que se sucede nesse início da acidentada temporada. A torcida atormentada começou a cobrar mais contratações de qualidade e, num gesto natural, começou a colocar a culpa nos novos jogadores que aqui chegaram com uma promessa de boas atuações. Sob a minha ótica, fico com a sensação de que pode lhe oferecer uma seleção dos melhores craques e ele colocará tudo na mesma do rendimento pífio.
Na minha humilde visão, o Bahia hoje tem um elenco ainda que precise, de fato, de melhores contratações, principalmente de jogadores mais experientes e que possam melhorar a qualidade do time. Entretanto, imagino que os atuais poderiam dar melhores respostas nas quatro linhas se observarmos que, exceto ao Fortaleza e o Sport, o Bahia enfrentou adversários fraquíssimos, sem condições mínimas para fazer frente a envergadura do Bahia.
O fato é que, visivelmente, o Bahia está entrando mal escalado para iniciar os jogos! Exemplo disto é a insistência nas escalações de Cicinho, Everaldo, Diego Rosa e Chavez que não apresentam, pelo ao menos no momento, condições nem para estarem no Banco de Reservas. Além de entrar mal escalado e sem um esquema definido, o sujeito promove alterações que parecem serem feitas pra provocar aqueles que gostam do futebol na sua essência.
Alguém se arrisca a explicar qual é o esquema tático utilizado por esse treinador? Um time que toca excessivamente a bola na sua retaguarda e coloca zagueiros para iniciar as jogadas de ataques com chutes a esmo, não dará certo nunca!
Um time que joga e ataca no abafa, que raramente cria jogadas em gol, deixando um imenso buraco na frente da zaga e favorecendo aos contra ataques dos adversários que sempre se mostram muito perigosos e terminam em gols sofridos, definitivamente não dará resultados.
Observamos falhas individuais? Sim! Mas, a grosso modo, elas são decorrentes de um esquema tático inexistente ou de uma enorme fragilidade. Na frente observamos muita falta de qualidade nas finalizações reforçando que temos um time mal treinado. Nesse último jogo, contra o Itabuna, contamos inúmeros e excessivos lances de impedimento no nosso ataque.
Seria interessante observar o currículo desse português nos seus trabalhos anteriores antes de aportar aqui, nas terras soteropolitanas. Nada justifica a sua indicação para capitanear um Projeto de um Grupo que deveria se respeitar. Restam, portanto, questionamentos sobre: Quais as razões do Grupo City em colocar esse profissional? O Bahia não está sendo visto como um Clube de Massa? Quanto tempo será necessário para a Nação Tricolor suportar esse treinador?
Por último, devo informar e deixar bem claro de que não tenho as pretensões em ser o “dono da verdade” e que aceito as divergências deste prisma pelo qual enxergo a situação do Bahia nos dias de hoje e estou apenas muito apreensivo com o que nos aguarda no Brasileirão 2023, salvo melhores ponderações, estou aberto ao debate.
Saudações Tricolores!
Paulo Fernando Figueirêdo, torcedor do Bahia e colaborador do Futebol Bahiano.