Os sócios do Esporte Clube Bahia aprovaram em Assembleia Geral, neste sábado, na Arena Fonte Nova, a venda de 90% da SAF (Sociedade Anônima de Futebol) para o Grupo City. Dos 19.325 sócios aptos a votar, 12.949 participaram da AGE. Desses, 12.761 (98,6%) votaram SIM, pela venda de 90% da SAF do conglomerado árabe, enquanto 178 (1,37%) votaram pelo não. Foram apenas 10 abstenções. Com isso, o Esquadrão agora faz parte do City Football Group, que passa a administrar o clube de imediato, um momento histórico para o Tricolor. Na primeira assembleia, os sócios aprovaram a adequação do estatuto do clube à Lei nº 14.193/2021, com 12.429 votos (98,91%) contra apenas 140 contra.
Fundado em 2013, o conglomerado árabe tem apenas nove anos de existência, porém uma aplicação gigantesca no futebol mundial, já que soma ações em 11 clubes de futebol espalhados pelos continentes, que, somados, conquistaram 42 títulos. O principal time de investimento é o Manchester City, que já ergueu cinco troféus da Premier League, dois de Copa da Inglaterra e seis de Copa da Liga Inglesa após a parceria. O Bahia será o 12º clube adquirido pelo grupo.
A Abu Dhabi United Group, dos Emirados Árabes, atualmente, soma cerca de 75,1% das ações do grupo. O coletivo ainda tem três outros sócios, que são: Silver Lake (Estados Unidos – 14.5%), China Media Capital Football Holdings Ltd (China – 8.3%) e Vega FZ (Emirados Árabes – 2.1%). O conglomerado também possui agremiações parceiras, como o Bolívar, da Bolívia, e o Vannes, da 4ª Divisão da França.
A lista dos clubes pertencentes ao Grupo City tem, além do poderoso Manchester City: New York City (80%), Melbourne City (100%), Yokohama F. Marinos (20%), Montevideo City Torque (100%), Girona (47%), Sichuan Jiuniu (28%), Mumbai City (65%), Lommel (99%), Troyes (100%) e Palermo (80%).
O fundo árabe vai desembolsar um aporte de R$ 1 bilhão pela aquisição de 90% da SAF do Bahia em até 15 anos. A associação civil permanecerá na sociedade com participação minoritária, por meio de seus 10%. Desse valor, R$ 500 milhões serão destinados para a compra de jogadores, R$ 300 milhões para o pagamento de dívidas, e R$ 200 milhões para infraestrutura, categorias de base, capital de giro, entre outros.