Fim de linha para Rogério Caboclo na presidência da Confederação Brasileira de Futebol, um fato não previsto pela maioria já que o atual mandatário está afastado por outros motivos. O certo é que Justiça do Rio de Janeiro anulou hoje (26) a eleição presidencial da CBF. De acordo as informações do site UOL, assinada pelo jornalista Igor Siqueira, o entendimento é que houve irregularidade na mudança do estatuto da entidade, que alterou o peso dos votos para o pleito, aumentando o poder das federações. Os clubes não participaram da assembleia que sacramentou a mudança, aliás, algo simplesmente absurdo que foi aceito na ocasião pelos clubes que de fato é a razão da própria existência da CBF.
Evidente que o caso ainda cabe recurso, e pior, foram nomeados interventores para tocar a entidade: o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, e o presidente da Federação Paulista de Futebol, Reinaldo Carneiro Bastos.
A Justiça ainda determinou que os interventores convoquem o colégio eleitoral da CBF — composto pelas 27 federações estaduais e clubes da Série A — para votarem sobre a alteração do estatuto feita em 2015. Além do peso nos votos, a discussão inclui ainda a cláusula de barreira para registro de candidatura à presidência da CBF e a inclusão dos clubes da Série B como votantes.
Pelo estatuto, são necessárias assinaturas de oito federações e cinco clubes para que uma candidatura à presidência seja oficializada. Na alteração estatutária, o voto das federações passou a ter peso três. Clubes da Série A ficaram com peso dois e os da Série B, um.
O prazo dado pela Justiça aos interventores é de 30 dias, a contar do “aceite” dado por eles. A convocação da assembleia para deliberar sobre o estatuto deve ser publicada em jornal de grande circulação. A decisão foi proferida hoje (26) pelo juiz Mario Cunha Olinto Filho, da 2ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. r.