O suposto caso de racismo do meia Ramírez contra o volante Gerson, do Flamengo, como esperado, morreu no berço no campo esportivo e só serviu para desgastar o jogador do Bahia e a imagem do clube através de uma acusação que jamais foi provada. No campo esportivo, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) notificou que vai fechar o inquérito sem ouvir os jogadores (Gerson, Bruno Henrique e Natan) do clube carioca que foram convocados e não compareceram a audiência agendada para manha desta quarta-feira.
Segundo o clube, os atletas estão concentrados para a partida contra Vasco, que acontece quinta (4), e não podem deixar o lugar por conta do protocolo da competição, no entanto, foi o próprio Flamengo que sugeriu a data da convocação. Ainda ontem Flamengo encaminhou para o STJD um pedido de adiamento dos depoimentos. Mas ele foi negado. Foi a segunda vez que o clube tentou mudar a data da audiência. Na outra ocasião, o tribunal sugeriu que a audiência fosse online, mas o clube propôs que fosse mantida presencialmente.
O Tribunal seguiu os mesmos critérios usados com Ramírez e Mano Menezes, ex-treinador do Bahia e que também está sendo investigado neste caso. Os dois pediram adiamento dos depoimentos e também foram recusados. O meia-atacante Índio Ramírez prestou depoimento ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) durante a tarde desta quarta-feira, por meio de videoconferência, ao lado do advogado do Bahia, Milton Jordão, que acompanha o caso de perto e afirma estar tranquilo quanto à defesa de Índio Ramírez. O técnico Mano Menezes também prestou depoimento esta tarde de forma virtual.
“Os detalhes não posso passar, pois o inquérito corre em sigilo. O que posso falar, do inquérito policial, e que o depoimento de Ramírez é um só. É o espelho do que foi o vídeo que ele publicou. Temos muita tranquilidade em relação à inocência de Ramírez, ausência de conduta que seja racista ou injúria racial. Temos muita tranquilidade nesse sentido. Nossa posição, do Esporte Clube Bahia, que vem acompanhando o caso, é que não vemos maiores elementos em relação a isso. O próprio inquérito policial não traz nada demais. Não há testemunha que teria ouvido Ramirez falar. O que existe é um atleta que viu que houve um diálogo. O atleta está tranquilo, prestou um bom depoimento. Falou tudo o que ocorreu, de acordo com sua percepção. Percepção de quem acompanhou o jogo, em suma, tenho confiança que o STJD vai reconhecer a inexistência de qualquer conduta infracional e por um termo final nisso”, falou o advogado, em entrevista ao ge.globo.
