Por um certo momento, se pensou que os Campeonatos Estaduais seriam cancelados por conta do calendário apertado do futebol brasileiro que já ultrapassou os 100 dias de paralisação (com exceção do Campeonato Carioca). No entanto, apesar de ter marcado o retorno do Campeonato Brasileiro para 9 de agosto e até o momento muitos Estados não definiram ainda uma data de retomada, a CBF garante que os Estaduais serão concluídos. Em entrevista à Rádio Gaúcha na noite desta segunda-feira (29), o Secretário Geral da CBF, Walter Feldman, garantiu que a entidade abrirá espaço em seu calendário para o encerramento das competições.
“Os campeonatos estaduais fazem parte estratégica do jeito de fazer futebol no Brasil. Eles são muito importantes e refletem a cultura de disputas regionais do Brasil, o Gre-Nal é o maior exemplo disso. Talvez haja dificuldades de adaptação no calendário, mas os estaduais têm de terminar, pelo papel cultural, mas também por definirem vagas para Copa do Brasil e Série D. Teremos de encontrar um caminho para que eles se completem”, garantiu Walter Feldman.
Para o Brasileirão começar em 9 de agosto, é preciso que 80% das cidades que têm clubes na competição estejam liberadas para rebeber jogos. Se isso não ocorrer, o início da competição terá de ser adiado. Uma possível mudança na fórmula do Brasileirão está descartada, garante Walter Feldman.
“Não existe nenhuma análise de mudanças estruturais no nosso calendário. Nada de adequação ao calendário europeu, mata-mata ou competição em um turno. Nada disso está em análise. Tratamos com a possibilidade de cumprir o nosso calendário com todas as competições”, reforçou.
Walter Feldman mostrou confiança de que as autoridades de saúde darão aval para as competições se iniciarem nas datas planejadas. “Se formos olhar para os países europeus, o Brasil está tendo o maior tempo entre o anúncio e a data para começo do campeonato. Na Europa, as competições voltaram em tempo muito menor. Nesse momento, não trabalhamos com nenhum estado com a decisão tomada de não liberação. Nós preferimos aguardar um pouco mais a evolução da pandemia para ter mais claro as praças que terão dificuldades maiores”, concluiu.
