O Esporte Clube Bahia se sagrou o primeiro campeão brasileiro da história, em 1959, ao vencer o Santos numa melhor de três com a decisão sendo disputada no Estádio do Maracanã. Segundo o Jornalista Paulo Vinícius Coelho, este time foi o melhor da história do futebol nordestino de todos os tempos. Em bate-papo com o repórter André Galindo, da Rede Globo, PVC justificou que o Bahia de 59 ganhou de ninguém mais e ninguém menos que o Santos de Pelé. Em segundo lugar, ficou o Santa Cruz de 1975. O time do Bahia campeão do Brasileiro de 88 ficou no terceiro lugar do Top-11. O Vitória também aparece duas vezes no ranking, com a equipe de 1993, vice-campeã do Brasileirão perdendo o título para o Palmeiras, e o time de 1972, campeão baiano.
TOP-11 dos melhores times do futebol nordestino na história:
1º Bahia de 1959 – campeão da Taça Brasil contra o Santos de Pelé
2º Santa Cruz de 1975 – semifinalista do Brasileiro
3º Bahia de 1988 – bicampeão brasileiro
4º Náutico de 1968 – hexacampeão pernambucano com vice da Taça Brasil de 67
5º Sport de 1987 – campeão brasileiro
6º Vitória de 1993 – vice-campeão brasileiro
7º Santa Cruz de 1978 – 35 jogos invicto
8º Fortaleza de 1960 – vice-campeão da Taça Brasil
9º Sport de 1994 – um dos melhores times do país na temporada, segundo PVC
10º Vitória de 1972 – campeão baiano
11º Ceará de 1994 – vice da Copa do Brasil
A Taça Brasil de 1959 foi o primeiro grande torneio nacional, e reuniu os 15 principais campeões estaduais. Além do Bahia, campeão da edição, Santos, São Paulo, Vasco da Gama, Atlético/PR, Atlético/MG, Grêmio, Sport/PE, Rio Branco/ES, Hercílio Luz/SC, Auto Esporte/PB, ABC/RN, Ceará/CE, CSA e Tuna Luso disputaram a competição.
Na campanha, em jogos de ida e volta, o Tricolor eliminou CSA, Ceará, Sport, Vasco e Santos. O Esquadrão de Aço disputou 14 jogos, venceu nove, empatou dois e perdeu três, marcou 25 gols e sofreu 18. O camisa 9 do Esquadrão, Léo Briglia, ainda foi artilheiro da competição, com oito gols marcados.
Um título nacional, que tornou o Bahia o primeiro clube brasileiro a disputar a Libertadores da América e coroou uma das mais triunfantes gerações de atletas do Esquadrão de Aço, já que este mesmo grupo que conquistou a Taça Brasil de 59 foi também pentacampeão baiano (1958, 1959, 1960, 1961 e 1962), três vezes campeão do NorteNordeste (1959, 1961 e 1963) e Campeão da Taça da Amizade (Uruguai – 1959).
Na grande decisão, foram necessários três jogos contra o Santos. No primeiro, o Esquadrão de Aço venceu o Peixe, por 3 x 2, em plena Vila Belmiro. Na segunda, o time de Pelé calou a Fonte Nova, vencendo por 2 x 0. Em 29 de março de 1960, o Bahia bateu o Santos por 3 x 1, no terceiro e decisivo jogo, disputado no Maracanã. Os gols da grande final foram marcados por Vicente, Alencar e Léo. Nesta histórica partida, o Tricolor baiano atuou com: Nadinho, Nenzinho, Henrique e Beto; Flávio e Vicente; Marito, Alencar, Léo, Mário e Biriba.
Um fato curioso da campanha do Bahia nesta Taça Brasil é que Efigênio Bahiense, o Geninho, foi o treinador durante toda a competição e após a derrota na Fonte Nova, por 2 x 0, o treinador que conduziu o time na final, no Maracanã, foi o argentino Carlos Volante. Ao chegar em Salvador, este grupo foi saudado por uma multidão, que saiu em carreata pela cidade, ovacionado pela população soteropolitana e pela Nação Tricolor.