Roger não vê espaço para volta imediata do futebol nesse momento

Roger não vê espaço para volta imediata do futebol nesse momento

“É um cenário que eu não enfrentei ainda", disse o treinador

Roger não vê espaço para volta imediata do futebol nesse momento
Foto: Felipe Oliveira/Divulgação/EC Bahia

O futebol brasileiro caminha para completar 90 dias de paralisação por conta da pandemia do coronavírus. O Esporte Clube Bahia entrou em campo pela última vez no dia 14 de março, um sábado, e garantiu classificação antecipada na Copa do Nordeste ao vencer o América-RN por 2 a 0 na Arena das Dunas, com gols de Juninho Capixaba e Élber. No momento, o Esquadrão aguarda a liberação da Prefeitura de Salvador para retomar as atividades no CT Evaristo de Macedo, cumprindo um protocolo de prevenção. A previsão é de que na segunda-feira o prefeito ACM Neto anuncie a liberação dos treinos presenciais. Em live realizada no canal do jornalista Mauro Cezar Pereira, no Youtube, o técnico Roger Machado falou sobre a paralisação e a expectativa para o retorno aos treinos. Segundo o treinador, não há espaço para retorno dos jogos nesse momento.

 

“Tenho visto com bastante preocupação. Acho que não há espaço para retorno imediato do futebol nesse momento. Acho que isso todos nós concordamos. (…) Viajo para Salvador nessa quarta-feira (já está na cidade) para a gente organizar os testes, com todo cuidado, imaginando também que o retorno dos jogos não vai acontecer imediatamente. Os números estão aumentando. A gente tem a preocupação quanto à indústria do futebol, na medida do possível tentar preservar o maior número de empregos nos clubes brasileiros que já têm em sua maioria dos casos orçamentos muito apertados. O Bahia é um dos casos em que vem bem administrado nos últimos anos e tem conseguido lidar com isso. Mas eu vejo que os problemas do futebol não vão acabar no retorno e vão se agravar, porque vai haver uma crise mundial e terá consequência no esporte de modo geral”, avaliou o técnico.

Roger Machado citou as dificuldades que devem ser encontradas por jogadores por conta do longo tempo sem treinar no CT e sem jogar. “É um cenário que eu não enfrentei ainda. Uma coisa é quando é atleta e está retornando de lesão, com dois a três meses sem fazer atividades. Nós atualmente vamos a 90 dias sem trabalho, embora os atletas estejam sendo orientados a trabalhar em casa e estejamos nas últimas semanas fazendo um acompanhamento mais próximo, para que possam voltar à rotina. Mas não é a mesma coisa. O calendário que já era ruim, vai ficar ainda mais apertado. É um cenário que nós teremos que nos adaptar. Vai impactar não só esse ano, mas também nos próximos anos também”.

“Esse primeiro retorno às atividades tem feito de maneira individual, o que também cria um cenário diferente que a comissão técnica precisa se adaptar para voltar às atividades de forma individualizada, traçando estratégias individuais de cada posição, embora cada clube tenha feito seu protocolo de retorno aos treinamentos. Foram passadas algumas instruções, mas em um momento de necessidade de isolamento social alguns conseguiram com mais qualidade do que outros”.

 

 

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Autor(a)

Fellipe Amaral

Administrador e colunista do site Futebol Baiano. Contato: futebolbahiano2007@gmail.com



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