Todos nós sonhamos. A vida é movida por sonhos, que muitas vezes denominamos de objetivos. Mas tudo tem origem na nossa mente, no que queremos, e por qual motivo queremos. Às vezes, é verdade, que não temos todos os meios necessários – ou ideais – para alcançar o queremos. E é nesse momento que algo mais têm que surgir; é o impulso necessário para driblar os obstáculos que vão surgindo no meio da caminhada.
No futebol, não é diferente. Sempre têm sonhos, sejam individuais, sejam coletivos, sejam da torcida, os sonhos estão ali. O Bahia de hoje, após um processo de reestruturação que vem sendo implementado a partir da intervenção que o clube sofreu, permite o torcedor voltar a sonhar.
Voltar a sonhar em ser uma marca competitiva, em ser um time que do povo, para o povo e pelo povo. Isso se deve a um amplo trabalho, que vai desde ter ciência de que futebol é movido por dinheiro e por isso se têm que ter planejamento, até mesmo em trazer o torcedor para o estádio.
O time de Roger é uma amostra de que quando o time se estrutura internamente, a equipe responde melhor em campo. Quando se têm um bom ambiente de trabalho, é possível colher os sonhos.
Não será fácil. Nada é fácil. Tem que dá suor em campo. Tem que manchar o manto tricolor de garra – e talvez até de terra, se o gramado for inspirado na Arena Castelão -, tem que ser gigante como o Bahia sempre foi e sempre será.
O sonho é possível. O Sport mostrou, quando ganhou este mesmo torneio em 2008, que um time com menos recursos, do que os grandes do eixo, pode chegar ao topo.
Que os nossos jogadores continuem a demonstrar toda a garra e a entrega que até aqui vem sendo demostrando. Que setores estratégicos sejam reforçados. Mas, que, sobretudo, o sonho seja mantido.
O futebol é eletrizante por ser imprevisível, e que, do imprevisível – para alguns – surja o renascimento do clube que elevou o Nordeste, pela primeira vez, a nível nacional.
Um eventual título do Bahia, único time presentes desde o início da competição até o atual momento, não só dará um maior ânimo ao clube em âmbito nacional, mas é algo de extrema importância para o futebol nordestino, que até os dias atuais, por vezes, é subestimado pelos cartolas.
Vamos continuar a gritar e ir ao estádio, vamos continuar sendo o que sempre fomos, a torcida que cobra, mas que abraça e vem abraçando o Bahia.
Vamos continuar sendo Bahia, o tricolor de aço, que não vence, mas sim, triunfa.
Lucas Luís, torcedor do Esporte Clube Bahia e acadêmico de Direito.