Futebol Baiano não tem nada a lamentar com saída de Ednaldo Rodrigues

Futebol Baiano não tem nada a lamentar com a saída de Ednaldo Rodrigues

Abismo financeiro do nosso Estadual é enorme

O abismo financeiro entre os valores pagos pela detentora dos direitos televisivos dos Estaduais do resto do Brasil, em relação ao que são pagos para os estados de São Paulo e Rio é imenso, coloca uma grande reflexão se de fato os Estaduais da nossa região devem continuar, ou precisam ser extintos. Poderíamos dizer que é a mesma diferença de valores recebidos por esses grandes clubes para disputar a maior competição de futebol do Brasil. Para ter uma ideia, no Campeonato Paulista, o total a ser pago com a premiação chega a 121,09 milhões, sendo dividido em três cotas, compostos pelos quatros maiores clubes recebem 17 milhões, 5 milhões receberá a Ponte Preta, e os demais clubes receberam 3,3 milhões, além das premiações que vão do campeão (milhões) ao décimo quarto colocado.

Já no Rio de Janeiro os valores são um pouco mais modestos em relação ao Paulista, o total a ser pago com a premiação é de 91,5 milhões, dividido em cinco grupos, o primeiro com os quatro maiores recebem 15 milhões, o segundo grupo com os intermediários recebem 4 milhões, o terceiro grupo com recebem 2 milhões, o quarto grupo com 800 mil, e o último grupo com 500 mil, além das premiações (3,5 milhões ao campeão, Taça Guanabara 1 milhão, Taça Rio 1 milhão).

Se no Rio os valores são modestos, o nosso (Campeonato Baiano) é bisonho, valor total e sem direito a premiação 2,6 milhões, bem abaixo do valor recebido pelo Pernambucano que é de 3,7 milhões. O valor a ser recebido pela dupla Ba X Vi é quase o mesmo recebido do quarto grupo do Campeonato Carioca. O ponto crucial para fomentar essa discussão é a grande rivalidade entre os times de futebol no Brasil foi construída ao longo dos anos através dos confrontos dos clubes da sua cidade, a importância dos Estaduais em minha opinião vai muito além da obrigatoriedade imposta pela CBF, do valor financeiro ou o troféu na galeria do clube, tudo isso é importante?

Importantíssimo, mas, penso que ainda mesmo que não houvesse nenhuma Lei que nos obrigue disputar, especialmente a nossa Região não só precisa, mas necessita manter essa rivalidade acesa, porque ainda não temos estrutura suficiente para disputar em iguais condições os principais campeonatos disputados no Brasil, com isso entrar com meros participantes só preocupados em não cair, os novos torcedores preferem optar por torcer pelos times do Sul e Sudeste que efetivamente disputam títulos, além é claro da oportunidade rara que torcedores do interior do Estado em vê nossos clubes e se identificar ainda mais com eles.

SAÍDA DE EDNALDO: REDENÇÃO DO FUTEBOL BAIANO!



Apesar todo desânimo na expectativa do nosso Baianão que começa neste sábado, além do descenso do Vitória no Brasileiro, mas, poderíamos dizer que este 2019 será que grande e boas expectativas para nossos clubes. Tivemos a saída do principal responsável em transformar o campeonato em quase estado de extinção, vários clubes tradicionais da nossa terra não resistiram à tamanha incompetência administrativa que atende pelo nome de Ednaldo Rodrigues, que deu lugar à Ricardo Lima recentemente. O Futebol Baiano não tem nada a lamentar, aliás, sua saída será a grande redenção do nosso futebol, além da alvissareira expectativa que o Bahia coloca aos seus torcedores com boas contratações e grandes especulações.

Já o Vitória apesar da limitação financeira deu um grande passo para voltar à primeira divisão contratando um treinador competente que além de conhecer bem a competição conhece excelentes jogadores desconhecidos para maioria do público que poderá ser determinante na volta à primeira divisão, aliás, se tem alguém a lamentar sua saída é o seu time do coração, dos quase 20 anos de Ednaldo à frente da Federação, o Vitória ganhou 12 títulos contra apenas 6 do Bahia, fazendo uma pequena apuração da coincidência dessa hegemonia, fiz um apanhado da tabela do Baianão de 2009 até agora, não sei qual o critério utilizado mas o Bahia só estreou em casa em três oportunidades (2012, 2014 e 2017), enquanto seu time do coração em oito oportunidades. Deixamos de pesquisar os erros de arbitragem, ficaria muito longo. Apesar desse desastre administrativo nesse longo período para o Futebol Baiano, sua saída foi uma grande notícia que com certeza coisas boas virão para o nosso futebol daqui para frente.

Jorge Machado, torcedor do Bahia, amigo e colaborador do Futebol Bahiano.

 

 

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Autor(a)

Redação Futebol Baiano

Contato: futebolbahiano2007@gmail.com



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