O julgamento pela confusão no BA-VI do dia 18 de fevereiro no Barradão segue acontecendo no Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol da Bahia (TJD-BA), nesta terça-feira (27). Após o meia Vinícius, foi a vez do técnico Vagner Mancini se defender. O treinador negou que tenha pedido ao zagueiro Bruno Bispo para tomar o segundo amarelo e negou qualquer contato com a diretoria durante o clássico.
“Jamais faria isso com um menino de 21 anos. O que aconteceu, o que tenho visto pelas imagens, no momento faço sinal para o Fernando e ele cai. Falo com Ramon sobre tempo de jogo e a necessidade do Fernando ganhar tempo na partida. Tinha três substituições”, disse o técnico.
“O Ramon vai até ele e conversa com ele. Fernando levanta na hora. Era para ganhar tempo inteligentemente. O diálogo entre eu e Ramon é este. Tudo o que está sendo mostrado não condiz com a verdade”, diz Mancini.
Mancini deixa um questionamento para a mesa: “Eu com três substituições, não seria mais fácil chamar um dos meus atletas reservas e pedir para eles serem expulsos?”
Mancini conta que os jogadores envolvidos na confusão foram punidos. “Foram punidos internamente. Foram punidos dentro de nossos métodos”.
O treinador explica o termo “ganhar tempo”, da conversa com Ramon. “O ganhar tempo é quando você tem inferioridade numérica ou está ganhando. Todos clubes usam isso. Ganhar tempo no arremesso lateral, na falta a ser cobrada, no tiro de meta. Temos como controlar o jogo”
Mancini admite que o empate seria bom para o Vitória. “Claro. O resultado era bom para nós. Era 1 a 1. Não fiz nenhum tipo de atitude com o resultado adverso. Manteríamos cinco pontos do Bahia, que é nosso maior rival”.
O procurador Ruy João provocou o técnico ao repetir exatamente a frase que ele disse ao zagueiro Ramon.
“Exata é difícil. Passo informações ao longo do jogo. Recentemente vi uma pesquisa que o atleta toma duas mil decisões em 90 minutos. Faço parte do jogo. Não é fácil precisar. Mas com certeza não foi pede para o Bruno tomar o segundo amarelo”.