Fala, Nação Tricolor! Conseguiram dormir após o terceiro triunfo decisivo em sete dias? Então, “segure a cabeça de mamãe”, que hoje é dia de choro e ranger de dentes.
O Bahia entrou em campo para manter o domínio da partida, como em todos os jogos. Esperávamos mais um adversário jogando recuado, por um empate ou uma bola. Mas toda a estratégia deles foi por água abaixo, graças ao fantástico Erick Pulga. Lucho pressiona a saída de bola do “goleiro de seleção”, e ele sai jogando errado. Pulga recupera a bola e sofre falta. Na cobrança, Everton Ribeiro joga a bola na cabeça de Xavier, no segundo pau, que fuzila para dentro do gol, entre a trave e o goleiro deles. 1×0, com três minutos.
Fonte Nova lotada, pulsando, placar aberto com três minutos. Vem goleada por aí. Aos sete, em nova pixotada do “goleiro de seleção”, Pulga recebe, gira por cima da bola e serve Jean Lucas, que chuta forte para fora. Depois disso, o Bahia desaba fisicamente. Começa a errar passes, sair no chutão, baixar a rotação. O Tricolor só voltou a assustar aos 45, quando Everton cruza na área e Xavier tenta chutar, mas é bloqueado pela zaga. Como a gente não ia, eles vieram.
Eis que o adversário tentou subir as linhas de marcação e cometeu o erro fatal. Kanu sai jogando pressionado, toca para Caio, que abre para Arias fazer um lançamento em profundidade, mas muito forte. Mesmo uns três metros atrás do zagueiro, Pulga não desiste da bola, corre, toma do cara, ganha no pé de ferro de outro, e Lucho passa levando dois zagueiros com ele. Pulga gira, abre para a direita e chuta cruzado. Um golaço na Fonte Nova, para explodir de vez a Nação Tricolor e meu filho, fã do Pulguinha. 2×0.
VIRA O LADO
O Tricolor começa arrasador. Everton Ribeiro faz uma grande enfiada de bola para Pulga, que dribla o zagueiro e sofre pênalti. Lucho, que estava muito mal no jogo, tem a chance de fechar o caixão rubro-negro, mas bate mal e o goleiro pega.
Cauly recebe na área, gira e chuta para fora. Aí, Ceni, depois de levar os jogadores à exaustão, resolve mexer no time. E, dessa vez, o banco entra bem. Juba, Nestor, Erick e Michel Araujo aumentam a velocidade do time, que já se arrastava em campo. Nestor recebe na área e dá uma pancada para o gol, mas o goleiro defende.
Cruzamento da esquerda, e Erick sobe livre, na linha da pequena área, e cabeceia perto da trave. Cruzamento na área do Bahia, e Marcos Felipe sobe para fazer a primeira defesa de um goleiro do Bahia no mês, mas, ainda assim, sofreu falta.
POLÊMICA
“Ah, não vai falar da cabeçada de Everton Ribeiro?”… Vou. Foi um erro absurdo de um craque como ele. Não se pode cair na provocação de um jogador medíocre como aquele. Errou. Mas como a torcida do ex-rival passou a semana falando sobre “força empregada insignificante”, acredito que o VAR pensou o mesmo. Era lance para cartão amarelo, mas o VAR não só chama para expulsão. E vou usar uma citação aqui para finalizar esse papo: “A arbitragem foi boa, ele errou para os dois lados.” (CARPINI, Thiago. 2025). Frase dita após o Bavi 500, quando o Bahia ser OPERADO com a não marcação de um pênalti e um lance absurdo de Perigo de Gol, com Ademir cara a cara com o goleiro. Parece que eles tem memória curta.
PALHAÇADA
Sem ter o que falar sobre os 180 minutos contra o Bahia sem dar um chute na direção do gol e sobre a eliminação na Copa do Brasil para um time de Série C, Carpini levantou a teoria da conspiração do “Nordestão é mais difícil que Libertadores” com o “Náutico é melhor que o Boston”. Bem, pelo ranking da CONMEBOL, o Boston River está em 206º, à frente do Náutico na sua 235ª colocação, e bem abaixo, em 256º vem o time do treinador falastrão. O terraplanismo do futebol contagiou até o técnico dos caras. É o time da piada pronta.
BORA BAÊA MINHA PORRA!
Se o Bahia venceu por 2×0 e perdeu um pênalti, jogando com essa lentidão, cansaço evidente, com mais da metade do time jogando mal, imagina com uma semana de descanso, as voltas de Gilberto e Ademir, e com William José querendo mostrar serviço na centroavância. O jogo do próximo domingo promete.
Para estatísticas, agora são 501 BAvis, com 195 triunfos do Bahia, e em segundo lugar, o empate entre as 153 derrotas e as 153 partidas onde ninguém venceu.
Mas agora é hora de pensar no que realmente importa ao Tricolor: o sorteio da Fase de Grupos da Libertadores da América.