Bahia, família e Libertadores! Uma Breve História do Tempo - por Erick Cerqueira


Bahia, família e Libertadores! Uma Breve História do Tempo – por Erick Cerqueira

Bahia - Do céu ao inferno e de volta ao sonho das estrelas

Bahia, família e Libertadores! Uma Breve História do Tempo – por Erick Cerqueira

Hoje, não quero falar sobre futebol. Quero falar sobre amor, sobre paixão, sobre a construção de uma história de vida junto a um clube. Porque isso é muito mais que futebol. Quero falar sobre conquistas gigantescas, derrotas, tristezas absurdas e sobre como tudo isso fez a gente crescer como clube, como uma família, como um Esquadrão!

Falar de como entramos num estádio com mais de 110 mil tricolores (fora a galera que entrou de penetra) para ver o seu time virar o jogo contra um Fluminense gigante. Aquele jogo foi a grande final. Porque depois dali, mesmo o Inter vindo do Gre-Nal do Século, ninguém superaria a vontade de Ronaldo, a força e a garra de Tarantini, João Marcelo, Claudir, Paulo Robson; a classe de Paulo Rodrigues, a velocidade de Gil, Zé Carlos e Marquinhos, a categoria de Charles e a elegância sutil de Bobô. Além de tantos craques e jogadores úteis que vinham do banco de reserva para ajudar a fazer o meu Bahia Bi Campeão Brasileiro, em 1988.

Ali foi o ápice do Esquadrão, o ponto mais alto da nossa história juntos. E a ideia é sempre superar a Segunda Estrela.

E no auge dos meus 11 anos, menino que ia à Fonte comer amendoim, pipoca, rolete e tomar limonada estupidamente gelada nas arquibancadas de cimento quente da Velha Fonte, não tinha a menor ideia de que estava vivendo a história, ao lado de meu pai.

Então, veio a Libertadores!

E saímos brocando todo mundo. Era o time que empatava fora e vencia em casa. Na Fonte, goleamos o Táchira por 4×1, brocamos o Inter por 1×0 e metemos 3×2 no Marítimo. Fora, empatamos com Marítimo e Táchira e lascamos os gaúchos de novo, por 2×1.

Nas oitavas, empate com o Universitário do Peru lá, e pau neles, aqui. Éramos imbatíveis. Até que, nas quartas, perdemos para o Inter por 1×0 lá. Mas a gente sabia que em casa reverteria. Só que aí, entrou água. Uma chuva torrencial destruiu o gramado da Fonte e, para beneficiar os sulistas, o desgraçado do Arnaldo César Coelho deu condição de jogo, contra o pedido do Bahia de adiar o jogo. E ali, molhado que nem um pinto, vi o Bahia pela última vez na Libertadores da América

De lá pra cá, foram 36 anos de espera, de erros e acertos e de tristezas absurdas.

A queda para a Série B em 2003. O não acesso à Série A em 2004, no fatídico jogo contra o Brasiliense. E veio a queda para a série c, que completa 20 anos, do ponto mais baixo da nossa história. A campanha vergonhosa de 2006. E a fuga daquele inferno pra nunca mais voltar, em 2007. E a euforia daquele acesso, foi manchada pela perda de 7 irmãos na tragédia da Fonte. Era como se o destino dissesse: vocês ainda não tem motivos pra serem felizes.

Mas veio a redenção. A volta para a Série A em 2010, os títulos baianos voltando, vencemos a Copa do Nordeste mais 2 vezes, passamos pela redemocratização, as boas gestões e, no fim, a aquisição do time pelo maior e mais bem sucedido grupo de futebol do mundo.

Há 3 anos, saímos do limbo da série b, voltamos ao nosso lugar de origem, lutamos para ficar, e ficamos. Ano passado, nos consolidamos como um dos 8 maiores do país, na Copa do Brasil e no Brasileirão. E esse ano, teremos a felicidade de dizer: o primeiro time a disputar a Libertadores, voltou!

LIBERTADOOOOOORES!

Para minha felicidade, contra o The Strongest na Fonte Nova, no segundo jogo, estarei novamente com meu pai e, dessa vez, com meu filho, que tem os mesmos 11 anos que eu tinha quando fui a um jogo da Libertadores. E isso, Bahia, não tem preço.

Voltamos ao G8 e à Libertadores. Para mim, um retorno. Para meu filho, apenas o primeiro passo rumo a voos ainda mais altos, junto ao nosso Tricolor de Aço! Bora Baêa Minha Porra!

PS: Seu Dalmo, atualiza as categorias dos posts, pra eu poder marcar LIBERTADORES DA AMÉRICA, por favor…

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Autor(a)

Erick Cerqueira

Resenheiro extra-oficial do Único TIME BI CAMPEÃO BRASILEIRO entre Minas Gerais e o pólo Norte. Pós graduado em Gestão Esportiva e Publicitário. Twitter: @ericksc_



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