"Eu amo a torcida do Bahia, mas tive uma declaração mal interpretada", diz Paiva

“Eu amo a torcida do Bahia, mas tive uma declaração mal interpretada”, diz Paiva

o português disse amar a torcida do Bahia e lamentou a declaração mal interpretada durante uma entrevista coletiva. 

“Eu amo a torcida do Bahia, mas tive uma declaração mal interpretada”, diz Paiva
Foto: Felipe Oliveira/Divulgação/Bahia

O técnico Renato Paiva voltou a falar sobre sua passagem pelo Esporte Clube Bahia, que não deixou saudades. O treinador chegou no início de 2023 e pediu demissão em setembro após a forte pressão da torcida por conta dos resultados ruins. Em entrevista ao Charla Podcast, o português disse amar a torcida do Bahia e lamentou a declaração mal interpretada durante uma entrevista coletiva.

“Eu amo todas as torcidas que tive e eu amo a torcida do Bahia, apesar de eles dizerem que não. Desafiei toda a gente para encontrar uma declaração minha contra a torcida do Bahia. Ninguém encontrou. Uma vez eu tive uma declaração que foi mal interpretada, quando eu disse que quem me avalia é quem está todos os dias no treino comigo. Quem via os treinos todos os dias, quem via as minhas palestras aos jogadores, quem via os planos de jogo que nós definimos para o jogo, era o Cadu Santoro, diretor esportivo”, disse.

“É evidente que os resultados depois também me avaliam, mas num patamar diferente. Essa é a avaliação do torcedor. Inclusive, na mesma entrevista, eu tive o cuidado de dizer que a torcida, o adepto, também tem direito à opinião, só que só passaram a primeira frase”, finalizou.

Sobre sua saída do Bahia, o português afirmou que não foi motivada pela montagem com orelha de burro, mas sim o ambiente negativo. “Não foi o cartaz com orelhas de burro que me fez ir embora. É coincidente o cartaz no fim de semana em que eu pedi demissão. Mas foi o acumulado do ambiente no estádio; obviamente tem mais impacto um estádio inteiro insultando do que um cartaz. O ambiente não era bom e eu sentia que a minha mensagem estava com dificuldades de ser passada para os jogadores. Criávamos muitas oportunidades e não fazíamos gols e isso nos castigava em resultados”.

Paiva afirma que houve interferência do Grupo City no trabalho da comissão técnica. “Essas coisas, com funcionamento da área de performance do Grupo City, que teve na minha ótica, intervenção naquilo que era área física do meu trabalho, e eu gosto de ser avaliado pelo meu trabalho. E tivemos uma sucessão de lesões musculares, que, para nós, não nossa responsabilidade. As lesões impediam um elenco reduzido de jogar. Eu pedi uma reunião e senti que isso não iria mudar. A torcida acha que não, mas pelo respeito que tenho pela torcida eu vi que não era a solução e saí; tive essa honestidade e a torcida não percebeu”.

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Autor(a)

Fellipe Amaral

Administrador e colunista do site Futebol Baiano. Contato: futebolbahiano2007@gmail.com



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