Hoje em dia estamos vendo cada vez mais grandes estádios e espaços de eventos tendo seus nomes trocados pelo de empresas ou que fazem alusão a seus produtos, a famosa venda de naming rights, prática que está se tornando cada vez mais comum no Brasil. Só para ter ideia, no campeonato brasileiro, a venda de nomes de estádios chega a somar R$ 2 bilhões em investimentos, já fazendo parte do planejamento orçamentário de muitos clubes.
8 arenas somam R$ 2 bi em investimentos em naming rights
Ao total são 8 estádios que somam esta quantia bilionária, são eles o Bahia (Casa de Apostas Arena Fonte Nova), São Paulo (MorumBis), Atlético-MG (Arena MRV), Athlético-PR (Ligga Arena), Corinthians (Neo Química Arena) e Palmeiras (Allianz Parque).
Junto com os times com estádios próprios, existem outras duas arenas brasileiras que não tem um clube fixo, são eles o lendário estádio Mané Garrincha (BRB), no Rio de Janeiro e o estádio do Pacaembu (Arena Mercado Livre) localizado em São Paulo.
Enquanto as casas de apostas são a maioria como patrocinadores master dos clubes do Brasileirão, cada uma promovendo suas atividades vinculadas a jogos de cassino online e apostas esportivas, não podemos dizer o mesmo nos naming rights de estádios no Brasil. Neste caso, somente a Arena Fonte Nova foi nomeada com um nome de sites de apostas, enquanto outros estádios carregam nomes de empresas de diferentes setores da indústria.
Maior negociação foi a do Pacaembu em R$ 1 bilhão
O contrato de mais alto valor entre estes estádios é o do Pacaembu, acordo com valor de R$ 1 bilhão que foi fechado em janeiro deste ano com o Mercado Livre, montante que representa metade dos bilhões investidos em naming rights de estádios. Outros também que levantaram cifras milionárias foram o Corinthians com a Neo Química Arena e o Palmeiras com o Allianz Parque, ambas negociações de R$ 300 milhões.
Já o contrato para naming rights da Arena Fonte Nova teve um valor bem distante, sendo fechado por R$ 52 milhões durante 4 temporadas, ou seja, R$ 13 milhões por ano. Apesar de atualmente estes valores parecerem assombrosos, estas altas quantias pagas pelas empresas são uma tendência crescente no Brasil.
O Flamengo é um dos exemplos mais recentes da exploração destes direitos de nome, o clube carioca pretende construir uma arena com custo de R$ 2 bilhões e busca vender os naming rights de sua nova casa por R$ 1 bilhão. Inclusive os dirigentes do clube já tiveram conversas com o grupo Allianz.
Venda de naming rights é realidade antiga para a Arena Fonte Nova
A venda de naming rights é uma coisa bastante antiga nos Estados Unidos, onde vários ginásios de basquete e arenas de futebol americano, carregam o nome de várias empresas, contribuindo de forma ativa com o orçamento destas equipes. A compra destes nomes serve para a estratégia de marketing de grandes empresas, que promovem seus nomes ou produtos explorando o público vinculados a estes empreendimentos.
Vale lembrar que além da visibilidade ligada ao esportes estes espaços também comportam grandes eventos musicais e outras festividades, o que também é uma forma de tornar estas marcas mais conhecidas por vários públicos. No caso do Bahia, esta já é uma realidade bem antiga, antes de se chamar Casa de Apostas Arena Fonte Nova, o estádio já tinha um contrato de 10 anos com a Itaipava.
A empresa de bebidas tinha uma vinculada ao estádio desde a inauguração da Fonte Nova, que aconteceu em 2013. Apesar de não estampar mais o nome do estádio (Itaipava Arena Fonte Nova), a parceria na arena continua na venda de bebidas na praça esportiva, como também em nomes de bares e camarotes do local.