O problema do Bahia City é um tal de Triumph - Por Marcelo Torres

O problema do Bay’s City é um tal de Triumph – Por Marcelo Torres

no domingo o Sobrenatural de Almeida baixou na Casa de Apostas Arena Fonte Nova.

Foto: Divulgação/EC Bahia

No clima de gozação esportiva baiana, torcedores tricolores, se achando agora os reis da cocada preta, estão mangando dos rubro-negros, dizendo que “o Bahia é o verdadeiro ‘culpado’ pelo fracasso do Vitória na Série A”. E por que nos fazem essa gozação? Porque, segundo eles, ao vencer o campeonato baiano em cima do ‘favorito’ Bahia, o Vitória teria criado uma ‘falsa expectativa’ em relação à Série A, onde tem levado bordoada de todo mundo.

 

Dizem eles que o campeonato baiano não serve de parâmetro para necas de nada, o que é de vera, não vou mentir, mas se não serve de parâmetro para o campeão, serviria muito menos para o vice, não é vero?

Só esquecem que o Brasileirão está no início, tudo o que se falar agora sobre G4 ou Z4 são somentemente pitacos. Que o digam o Botafogo de 2023 e o Fortaleza de 2022, respectivamente.

De todo modo, para continuar na esculhambação, vou puxar a brasa para minha sardinha e devolver a ironia aos amigos tricolores, dizendo-lhes o seguinte:

“O verdadeiro culpado pelos dois fracassos do Bahia até aqui em 2024 se chama ‘Triunfo’, o termo que os jogadores do clube usam para recusar a (palavra) Vitória”.

Sim-sinhô, o Triunfo é que é o verdadeiro culpado pelos dois primeiros fracassos do Bahia este ano. O primeiro fracasso foi a perda do campeonato baiano. O segundo é a eliminação na semifinal da Lampion’s League.

Foi castigo dos deuses do futebol.

Primeiro: todo atleta que chega ao Bahia é proibido, já na primeira entrevista, de falar Vitória. Entonces, se é pra evitar Vitória, que fiquem com as perdas nordestina e baiana.

Como receberam os tubos de dinheiro vindo da ditadura árabe (o vil metal que hoje explora os tubos de petróleo no estado), eles achavam que os títulos baiano e nordestino estavam na mão, no papo, ou melhor, no bolso.

A frustração deles foi proporcional ao investimento 12 vezes maior que o rival (uma esculhambação total na paridade de armas do espírito esportivo, mas bola pra frente).

Afinal, vamos lá e voltemos cá: rivais em Turquia, Oropas e Bahia não querem perder pro rival nem no futebol, nem no dominó, nem em corrida de jegue.

Mas o diacho é que “o Triunfo triunfou” sobre a dinheirama árabe no campeonato baiano.

E domingo o Triunfo também foi o culpado pela eliminação do Bay’s City na Lampion’s League.

“Oxente, seu menino, por que vosmincê diz que o Triunfo é o culpado, já que o Triunfo nem jogou domingo?”

Mas é por isso mesmo: por não ter jogado. Porque, se o jogo domingo fosse Bay’s City X Triunfo, os milhões da ditadura árabe com certeza ‘triunfariam’ sobre os pobres tostões de Canabrava, não é mesmo?

Só que os deuses do futebol apareceram, e justo na horas dos pênaltis.

É que o Bahia cometeu o pecado capital da soberba. Além disso, “entregou” um jogo na Lampion’s League com o objetivo de eliminar o rival da competição.

Na fase classificatória, o Bahia botou o time sub-20 para perder (e perderam de 4×0) para o Botafogo-PB, que, assim, tirou o Triunfo do caminho do Bay’s City.

Na fase seguinte, o Bota foi eliminado pelo CRB.

E no último domingo o Sobrenatural de Almeida baixou na Casa de Apostas Arena Fonte Nova e decidiu:

“Já que o City baiano ‘entregou’ o jogo para eliminar o Triunfo, então agora ele será eliminado por quem veio no lugar do Triunfo”.

Entonces, seu menino, o grande problema do Bay’s City é somentemente um certo Triumph — ou o medo desse tal Triumph. E morreu Maria Preá.

Marcelo Torres é cronista, tem quatro livros publicados, nasceu em Sátiro Dias-BA, é radicado em Brasília e torcedor doente desse tal de _Triunfo._

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Autor(a)

Redação Futebol Baiano

Contato: futebolbahiano2007@gmail.com



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