O PSD (Partido Social Democrático) entrou com uma ação no STF (Supremo Tribunal Federal) questionando o afastamento de Ednaldo Rodrigues da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que foi determinado pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, no dia 7 de dezembro. O relator da ação é o ministro André Mendonça, que tenta recolocar Ednaldo no comando da entidade máxima do futebol.
A petição enviada pelo partido aponta o afastamento de Ednaldo como uma violação da autonomia das entidades esportivas. A ação foi distribuída para o ministro Luiz Fux, mas o magistrado se declarou impedido para julgar a causa. De acordo com o portal O Globo, o PSD entrou na questão após o senador Otto Alencar passar os últimos dias pressionando a Advocacia-Geral da União (AGU) a entrar na questão para tentar anular a destituição de Ednaldo Rodrigues.
“O TJ-RJ viola manifestamente as disposições constitucionais ao promover a destituição dos dirigentes da CBF, após eleição com o voto de todas as 26 Federações, 20 Clubes da Série A e 19 Clubes da Série B que se fizeram presentes. A eleição não foi questionada jamais por qualquer dos membros que integram a assembleia geral eleitoral da CBF”, alega a legenda.
Ednaldo estava na presidência da CBF desde agosto de 2021, quando Rogério Caboclo foi afastado após denúncias de assédio. A ação que tirou Ednaldo está sendo promovida pelos ex-presidentes Ricardo Teixeira e Marco Polo Del Nero. Eles saíram da liderança da instituição após serem acusados de corrupção.
Com o afastamento de Ednaldo, a Fifa e a Conmebol enviaram uma carta à CBF pedindo que a confederação não faça eleição antes que uma comitiva das entidades visite à confederação em janeiro. Além disso, alegaram que não reconhecem o interventor José Perdiz como pessoa responsável pela CBF.