O Esporte Clube Vitória vem pagando um preço caro pelas gestões irresponsáveis do passado, que deixaram como herança uma dívida astronômica. Em entrevista ao “Canal do Nicola” essa semana, o presidente Fábio Mota revelou que o clube deve atualmente R$ 180 milhões, mas já conseguiu diminuir mais de R$ 50 milhões do passivo. O gestor rubro-negro citou as dívidas com Jordy Caicedo, o empresário do atacante e a Universidad Católica.
“O grande problema do Vitória são as dívidas do passado, cada três reais que eu pago, dois são dívidas do passado. Então, é um clube endividado, é muito difícil, você tem que ter um jogo de cintura, criatividade, buscar recursos novos. Essa semana mesmo, a gente dormiu e acordou com a dívida de 500 mil dólares do empresário do Jordy Caicedo, que entrou na Fifa, e a Fifa deu ganho de causa. Isso acontece sempre. A gente já pagou 600 mil dólares a Jordy Caicedo, parcelou e está pagando. Pagou 600 mil dólares ao time dele, a Universidad Católica. São muitas dívidas do passado que a gente está equacionando. A gente já diminuiu mais de 50 milhões do passivo, mas ainda é grande o nosso passivo. É pequeno em relação aos outros clubes do Brasil, mas é grande. Trabalhar para apagar o passado e construir o futuro. Tem que ter paciência, tem que ser com calma. Hoje a dívida do Vitória deve estar em 180 milhões”, disse.
Fábio Mota projeta zerar toda a dívida do Vitória em dois anos. “A ideia é que mais dois anos a gente zere tudo, se a gente continuar nessa pegada aí. Tem que ter paciência, a gente tá reconstruindo um clube que me entregaram na Série C e devendo 250 milhões. Então, não é fácil, a gente vem reconstruindo, tiramos da C, levamos pra B, levamos pra A. A gente vem organizando financeiramente o clube. Esse ano a gente acabou de fazer 9 milhões de projetos incentivados para a base, para o futebol feminino, para o basquete. A gente já vai poder buscar esse recurso pra poder tirar, porque você não podia, porque você não tinha certidão. Então, a gente vem organizando o clube, gestão e reconstrução”.