Na entrevista coletiva após a goleada por 4 a 1 sobre o Atlético-MG na Arena Fonte Nova, que livrou o Esporte Clube Bahia do rebaixamento e mandou o Santos para a Série B com a enorme ajuda do Fortaleza, o técnico Rogério Ceni revelou que recebeu uma ligação de Ferran Soriano, CEO do City Football Group, antes da partida decisiva. Ele também destacou o apoio dos jogadores e de membros do conglomerado como fundamental para a permanência do Bahia.
“Foi uma ajuda mútua dos jogadores. Na segunda-feira eles falaram comigo: “Precisamos de você”. Na terça-feira eu fiz o movimento trocado. Ontem [terça-feira], o Ferran me ligou, ele me perguntou como eu estava, falei que estava triste e chateado. Ele falou que a tristeza tem que durar 24h, e disse que, independente de onde a gente acabe, que ele queria que eu continuasse o projeto, na Série A ou B. Isso faz diferença. É muito importante ter o suporte e apoio das pessoas. O Bahia é um clube de massa, esse é o principal ponto para você escrever uma história. Que o Bahia continue crescendo mais, chegando na Sul-Americana, na Libertadores. Não sei até quando vamos ficar aqui, mas quero dizer que fiz parte da construção de um clube que já era gigante, bicampeão brasileiro. Não esqueço tudo de ruim e errado que aconteceu, é importante ser lembrado isso para diminuir o número de erros para o próximo ano”.
Ceni também agradeceu o apoio que recebeu do CEO da SAF do Bahia, Raul Aguirre, e do diretor de futebol, Cadu Santoro. “Quero agradecer também dois caras que quase não falam, que são o Raul e o Cadu. São caras que sempre me trataram bem. Na derrota contra o Coritiba e na derrota para o América, sempre me trataram igual. Nunca mudaram o jeito de ser. Eu sei, pelas diretrizes do grupo, que o Cadu fala muito pouco. São caras do bem, corretos, e tenho certeza que vão fazer o Bahia crescer. Queria falar isso porque é o primeiro lugar que eu trabalho que os caras olham para mim no triunfo e na derrota e me tratam da mesma maneira”.