Mano classifica goleada para o Bahia como tragédia futebolística: ‘Tudo deu errado’

Mano Menezes reconheceu que o time não jogou bem, mas classificou a derrota como "tragédia futebolística".

Foto: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians

O Corinthians foi atropelado pelo Bahia, por 5 a 1, em plena Néo Química Arena, e deixou o campo sob protesto da torcida. Além disso, dois torcedores invadiram o campo após o apito final, mas foram contidos pelos seguranças. Antes da partida, em meio ao clima de pressão por conta das eleições, também houve tiro na frente da sede do clube. Após o jogo, o técnico Mano Menezes reconheceu que o time não jogou bem, pediu desculpas à torcida e classificou a derrota como “tragédia futebolística”.

 

“Realmente tudo deu errado, não salvamos nada num jogo como esse. Começamos com a ideia de jogo escolhida pelo treinador, que não se sustentou nem se justificou, teve que ser trocada com 20 minutos. O treinador assume a parte dele de que a ideia pensada não funcionou. Temos que pedir desculpas. Nunca passei por isso, uma goleada dentro de casa como treinador. Foi muito doloroso para a gente, mas nunca tivemos condição de entregar algo melhor no jogo. Quando acontece isso e termina do jeito que foi, a maior responsabilidade é do treinador, sem dúvida”, afirmou.

“Seria muito cômodo pra mim dizer que não teve entrega (dos jogadores). Quando as coisas não funcionam taticamente, parece que não teve entrega. Mas não, a responsabilidade é minha mesmo. Não é demagogia, é o que penso e já disse a eles. É esta a tônica que fica deste jogo […] O clube vai seguir a vida, como tem que seguir. Não quero misturar os assuntos, quero falar do campo, do que não fizemos. Foi por isso que perdemos e tivemos uma derrota vexatória em casa”.

“Jogos que fogem completamente do contexto de um jogo de futebol você apaga, não pode levar em consideração uma tragédia futebolística, porque ela não faz parte da regra desde que cheguei. Já perdemos, mas jogando futebol e competindo, e não foi o que aconteceu hoje. O Bahia também já jogou com linha de três, o problema não é a linha, é a execução. Nós temos algumas dificuldades de lado, então seria melhor ter ala para bater contra o ala deles, mas não funcionamos bem, nem conseguimos atacar. A partir de um certo momento, perdemos toda a tranquilidade. Falar sobre o ambiente agora não tem valor nenhum, porque o ambiente tem completa razão depois do que apresentamos. No segundo tempo voltamos melhor, tentamos chegar até o 3 a 1, mas entramos no desgaste. Quando começamos o jogo mal, tudo dali para o futuro deu errado. Por isso o 5 a 1”.

Autor(a)

Fellipe Amaral

Administrador e colunista do site Futebol Bahiano. Contato: [email protected]

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