Técnico do Botafogo analisa vaias da torcida e excesso de empates

O técnico também falou sobre a quantidade de empates desde que chegou ao Botafogo.

Foto: Giba Perez

Poupando praticamente todos os titulares, o Botafogo ficou no empate em 1 a 1 com o Defensa y Justicia no primeiro jogo das quartas de final da Copa Sul-Americana na noite desta quarta-feira, no Estádio Nilton Santos. O time carioca chegou a ser vaiado. Durante a entrevista coletiva, o treinador Bruno Lage explicou um gesto que fez para os torcedores alvinegros que estavam vaiando a equipe no Setor Oeste do estádio.

 

“Apoio e carinho ao Jota (JP Galvão) e ao Hugo, todas essas pessoas que estão começando a dar esses primeiros passos e precisam de apoio. Eles precisam de apoio. É melhor ser motivado do que sentir ansiedade. É só ver a maneira como entramos no jogo, a torcida foi fantástica apoiando a equipe. Virei para a torcida para pedir apoio. O talento e capacidade técnica eles têm, o carinho e o apoio vão lhes ajudar em alguns momentos para controlar a ansiedade”.

O treinador também explicou na coletiva o motivo de ter optado por uma equipe praticamente toda reserva. Dos 11 que começaram contra o Defensa y Justicia, somente Cuesta, Tchê Tchê e Victor Sá são titulares regularmente.

“Senti que é um resultado muito injusto pelo aquilo que os atletas fizeram dentro de campo. Acho que fomos muito superiores aos nossos adversários. Tivemos variadíssimas oportunidades para ter um resultado melhor. Atuação sólida durante 80 minutos, depois tivemos uma queda natural. Não gosto de definir um 11 titular, até porque desde que cheguei eu não tive a oportunidade de repetir o time. No primeiro jogo o Cuesta não pode, depois o Adryelson, depois o Marçal, perdemos o Tiquinho. A equipe tem tido a capacidade de dar a resposta. Esse foi o meu oitavo jogo e, daquele equipe que jogou mais tempo, eu não tive todas disponível. O Danilo já foi titular desta equipe, o Júnior já foi titular. Temos que encontrar soluções para os corredores, para jogar como lateral-direito, e esquerdo”, afirmou.

“Temos que ver quando o Marçal pode recuperar e o Di Plácido está suspenso, mas é por isso que o elenco tem opções. Os jogadores correram, lutaram, fizeram um jogo sólido, com qualidade na posse de bola, que poderíamos ter tido outro resultado. O Danilo jogou de início e havia algum tempo que não jogava. Os últimos 10 minutos foram de tentar manter gente para empurrar a equipe para frente, em uma oportunidade, em uma segunda etapa em que nada faziam para conseguir, em um arremate de fora conseguiram o resultado. A volta vai ser igual, os jogos são sempre difíceis. É uma equipe boa, que gosta de ter a bola, que nos obrigou a pressionar muito. Vamos convencidos que podemos fazer um bom jogo na argentina”, completou.

O técnico também falou sobre a quantidade de empates desde que chegou ao Botafogo. Em 9 jogos, são três vitórias e seis empates.

“Você diz da maneira que temos seis empates e três vitórias. Vou mudar isso: passamos de duas eliminatórias na Sul-Americana, empatamos com o Cruzeiro e estamos passando pelos nossos adversários. Sempre olho para aquilo que é o percurso. Torcedor desconfia, mas é o mais importante é a gente estar aqui no Botafogo. Quem tiver interesse de olhar o jogo de outra maneira nós vamos fazer o jogo de outra maneira. Todos nós sentimos isso, que nossa performance foi boa. O último empate contra o São Paulo, ontem vimos um bucadinho do jogo, e tivemos oportunidades perdidas. Hoje voltamos a criar e não vencemos”.

Autor(a)

Fellipe Amaral

Administrador e colunista do site Futebol Bahiano. Contato: [email protected]

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