O técnico Renato Paiva fez questão de enaltecer a torcida do Bahia no último domingo, após a goleada por 4 a 0 sobre o Red Bull Bragantino, na Arena Fonte Nova. Mesmo com a péssima campanha do clube na Série A, ocupando o 16º lugar, com a mesma pontuação do Santos, que abre o Z-4, a torcida vem comparecendo em bom número no estádio, inclusive, aparece em 5º no ranking de melhor público do Brasileirão.
“Muito agradecido à força que eles nos dão. Mesmo nos momentos não tão bons. Nossa torcida é especial e nos dá muita força […] Torcida é paixão em qualquer parte do mundo. Como eu disse, a torcida vai te idolatrar quando você ganhar. Não adianta acreditar em outra coisa”, disse.
Paiva foi questionado se o emocional do torcedor afeta sua racionalidade. “Quero ganhar sempre. A parte emocional é aquela que não pode influenciar em mim e nos jogadores. Quando o emocional ganha do racional, aquilo que projetei durante o jogo não vai funcionar. Vai jogar com o coração e não com o cérebro. Eu estou no futebol há muito tempo. Quero ser ídolo para as pessoas que me amam, minha filha, meus familiares. A história do futebol está cheia de bons treinadores, que trabalham com paixão, mas a bola não entra para todos. Você está em primeiro, mas não é primeiro. Nunca se ganha sempre. É um estado de passagem. Por melhor que seja, você não vai ganhar sempre. E nesse momento é que a torcida que te idolatrava vai para cima de você. É normal. E quem está desse lado precisa saber disso. É um estado de passagem”.
“Essa idolatria tem muita relação com essa parte emocional. Por isso eu e meus jogadores, quando não ganhamos, quando somos vaiados, temos que ter a racionalidade de perceber porque as pessoas fazem isso. Ninguém quer perder. Eu insisto muito que essa idolatria é passageira. A idolatria que eu quero ter é para aqueles que me amam. Minha família, meus amigos, meus jogadores. O resto é a palavra e o caminho de Deus que te coloca porque sabe o que está fazendo. Te coloca dificuldades porque sabe que você é capaz de ultrapassar. Deixo meu futuro na mão de Deus. É ele que decide, ele que manda. Seriedade e profissionalismo ninguém pode questionar. Se a bola não entrar eu vou ser mais um que foi muito bom profissional e acabou por não ganhar.
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