Não pretendo tirar proveito de mais uma atuação desastrosa do Bahia, porque sou contra o Bahia ou qualquer grande clube de massa ter um dono, inclusive, já me pronunciei neste espaço que SAF não passa de um Socorro as Administrações Fracassadas. Concordo com o presidente do Fortaleza que a maioria desses clubes desesperadamente viraram SAF para salvar-se de uma recuperação judicial, apesar do Bahia, entre esses clubes que se tornaram SAF, estar financeiramente bem mais equilibrado, mas com o nível de incompetência da diretoria, principalmente com o futebol, logo chegaríamos a situação desesperadora dos outros.
Sempre leio habitualmente o site Futebol Bahiano, que considero o mais democrático do Brasil, por ser o único que possibilita que torcedores possam expressar sua opinião com responsabilidade, e lendo uma matéria do nosso amigo José Antônio Reis, por quem tenho grande apreço por seus textos de grande capacidade reflexiva, eu peço a permissão dele de discordar frontalmente quando ele diz ter saudades de jogadores medianos como Ignácio e Luiz Otávio, já que minha expectativa com o Bahia virando SAF de um Grupo de maior credibilidade no mundo do futebol, era ter Vítor Cuesta e Gustavo Gomez como zagueiros do Bahia.
Apesar de concordar que o Nordeste por ser uma região sofrida e discriminada como um todo, e no futebol não é diferente, seus torcedores e principalmente nossa imprensa que tem a capacidade de influenciar pessoas, temos muita humildade nas expectativas e desejos, além do nosso presidente conduzir muito mal essa transição, corroborando com esse excesso de humildade ao dizer que torcedores do Bahia não deveriam criar muitas expectativas no primeiro ano de SAF. Muitos podem dizer que é uma posição correta do presidente, mas, isso é tudo que Grupo City queria ouvir, tirando e muito o peso de sua responsabilidade.
Penso que um presidente hábil deveria garantir que com toda essa expertise de sucesso do Grupo City pelo mundo no futebol, de imediato jamais iremos entrar numa competição para passar vergonha, e temos certeza que um pouco mais para frente, o Bahia passará a disputar títulos nacionais, apesar de não criar grandes expectativas no primeiro momento, ele transfere responsabilidade ao Grupo City em colocar o Bahia em uma posição de destaque.
Se essa SAF do City fosse com algum grande time do Rio, São Paulo, Minas e Rio Grande do Sul, a exigência dos seus torcedores e principalmente da imprensa, não tenho dúvidas que seria do mesmo nível do Manchester City, já que disputamos o campeonato mais difícil do mundo. A goleada humilhante que sofremos do Sport e a derrota para o Fortaleza, além da eliminação precoce na Copa do Nordeste, o Grupo sofreria críticas absurdas sobre sua credibilidade, e tenho certeza que a resposta seria imediata com contrações com mais qualidade para competição com um grau de dificuldade jamais vivido pelo Grupo.
Disputaremos o campeonato mais difícil do mundo, segundo levantamento feito pela IFFHS, Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol, e nosso presidente garantiu que o Bahia seria o segundo no mundo na escala de investimentos do Grupo, apesar de parecer que o Bahia fez um absurdo de investimento para os padrões do futebol brasileiro, muitos desses jogadores já pertenciam ao grupo e não passavam por um bom momento, vieram para tentar se recuperar, porém, um questionamento que jamais foi feito pela nossa imprensa ao Grupo City através do seu Diretor de Futebol, é que todos esses jogadores que estão no Bahia não seriam titulares do Grupo City e nem reservas.
Enquanto fazemos festa pelo Grupo City ter gasto mais de 70 milhões com apostas, e jogadores reservas, sem grande destaque no futebol brasileiro como: Yago Felipe, reserva do Fluminense, Marcos Felipe, reserva do Fluminense, Cicinho, ex-jogador em atividade que estava na Bulgária, Raul Gustavo, reserva do Corinthians, Thaciano, reserva do Grêmio, Ademir, reserva do Atlético-MG. Todos esses jogadores jamais seriam contratados se não houvesse a SAF.
Para termos uma ideia, o Manchester City, que já tem jogadores de qualidade, em 2019 com a chegada de Rodri, João Cancelo, Angelino, Pedro Porro, Zack Steffen e Ryotaro Meshino, gastou UM BILHÃO DE EUROS para montagem do elenco, ou seja, não podemos aceitar migalhas ou fazer festas com muito pouco ou seremos humilhados neste campeonato, o Esporte Clube Bahia está sendo tratado como um Filho Bastardo ou Degenerado que pode manchar negativamente a reputação toda do Grupo.
Jorge Machado, torcedor do Bahia e colaborador do Futebol Bahiano.