Daniel Alves pode pegar de oito a dez anos de prisão, diz jornal

O julgamento deverá acontecer ainda em 2023, provavelmente no último trimestre.

Foto - Reprodução/Instagram @danialves

Preso preventivamente desde 20 de janeiro, acusado de estuprar uma mulher no fim do ano passado em uma boate, o lateral-direito Daniel Alves pegar uma pena de oito a dez anos de prisão, segundo informação do jornal “El Mundo”, de Barcelona. O julgamento deverá acontecer ainda em 2023, provavelmente no último trimestre. Ainda segundo a publicação, o Ministério Público espanhol julgará o jogador pelo crime de “agressão sexual com penetração”, com pena prevista entre quatro e doze anos.

 

Pesa ainda contra o brasileiro o agravante de “abuso de autoridade” e que a pena passaria de oito anos de reclusão. Recentemente, a Justiça manteve a prisão preventiva até o fim do julgamento. O pedido de liberdade que veio da defesa do ex-atleta foi negado na última semana. No despacho, os juízes Eduardo Navarro Blasco, Myriam Linage Gómez e Carmen Guil Román justificam que o conhecimento de novas provas e o avanço da investigação “aumentam exponencialmente” o risco de fuga inicial.

O documento afirma que há “diversos indícios da criminalidade de Daniel Alves” e que eles “não partem só das declarações da denunciante”. Também pesariam contra o brasileiro depoimentos de funcionários da boate, amigas da vítima e vídeos analisados. Além dos exames de corpo de delito e de DNA colhidos durante a fase de investigação.

ENTENDA O CASO

O episódio ocorreu na madrugada do dia 30 para 31 de dezembro, na casa noturna Sutton, em Barcelona. A jovem afirma que Daniel Alves agarrou a sua mão e levou-a ao pênis, repetindo o gesto repetidas vezes apesar de a jovem resistir. Depois, o jogador pediu para ela segui-lo e a levou banheiro da área VIP. A vítima denunciou que foi trancada no local pelo atleta, que a obrigou a fazer sexo e quando ela resistiu, foi agredida.

Funcionários da casa noturna acionaram a polícia e uma ambulância. Ela foi transferida para o Hospital Clínic, onde foram feitos exames médicos. Segundo fontes consultadas pelo jornal, o laudo médico afirma que há algumas lesões compatíveis com a agressão. A mulher foi dois dias depois da suposta agressão denunciar os fatos à polícia. Ela entregou o laudo médico e também o vestido que usava na noite de 30 de dezembro.

A perícia encontrou provas que desmentem as versões do jogador e reforçam o depoimento da vítima. Depois de a jovem ser encaminhada a um hospital e examinada por um médico-legista, foram detectadas lesões compatíveis com luta e vestígios de líquido seminal. Além disso, a perícia encontrou impressões digitais de Daniel Alves, o que confirma os depoimentos da vítima e desmente os relatos do jogador.

Autor(a)

Fellipe Amaral

Administrador e colunista do site Futebol Bahiano. Contato: [email protected]

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