Detido nesta sexta-feira (20), após comparecer para depoimento no suposto caso de agressão sexual, o lateral-direito Daniel Alves teve a prisão preventiva decretada e sem direito a fiança. A decisão foi da juíza Maria Concepción Canton Martín, do Juizado de Instrução 15 de Barcelona, que acatou o pedido do Ministério Público. O atleta, que disputou recentemente a Copa do Mundo do Catar, nega veementemente todas as acusações.
“O Juizado de Instrução 15 de Barcelona recebeu hoje, como detido, o jogador Dani Alves, denunciado por uma mulher por um suposto delito de agressão sexual por fatos supostamente ocorridos em uma discoteca de Barcelona no mês passado de dezembro. A magistrada concordou com a PRISÃO PROVISÓRIA comunicada e sem fiança por uma causa aberta por delito de agressão sexual”, diz a nota.
A assessoria de Daniel Alves, em contato ao ge.globo, diz que ele foi à Espanha após o falecimento da sogra e aproveitou a viagem para fazer o depoimento por vontade própria, sem advogado. A polícia catalã informou que, após a ordem de prisão, o lateral deve permanecer preso até o julgamento, que deve ocorrer em alguns dias.
O suposto assédio sexual foi divulgado no último dia 31 de dezembro, em reportagem do jornal espanhol ABC. Segundo o relato do diário, a vítima declara que Alves teria colocado a mão por dentro de sua roupa. No dia, a jovem foi atendida por agentes da Mossos d’Esquadra, a polícia catalã, mas preferiu não denunciar o jogador. A denúncia foi realizada no dia quatro de janeiro, quando a investigação foi iniciada.
“Estive nesse lugar, estive com mais pessoas, estive aproveitando. Todo mundo que me conhece sabe que gosto de dançar. Estava desfrutando, mas sem invadir o espaço dos demais. Quando você tem que ir ao banheiro, não tem que perguntar quem está lá. Sinto muito, mas não sei quem é essa senhorita, não sei seu nome, não a conheço, nunca vi outra vez na minha vida”, declara o lateral.”, diz Daniel Alves.
