Acabei de ler uma notícia que diz: “Marcelo Paz volta a atender Vojvoda e recusa propostas por Lucas Crispim e mais três jogadores (David, Robson e Romarinho)”, destacou o site Bola Vip. Na visão da comissão técnica, o quarteto é superimportante para o projeto do Fortaleza. Quando um clube de futebol têm objetivos claros e voltados para o campo às coisas funcionam, assim como está funcionando na equipe cearense. Esse pensamento acaba puxando outros benefícios que naturalmente se expandem para o clube.
O bom desempenho em campo atrai sócios, patrocinadores e traz a visibilidade que um clube de futebol precisa. No conceito de “BUSSINES”, às vezes você precisa perder em um determinado momento, para faturar em dobro posteriormente. Isso se chama planejamento com base no futebol.
Além, disso, assim como no futebol profissional o time de aspirantes da equipe cearense segue o modelo de jogo implantado no time profissional, que facilita ao treinador, inserir os jovens jogadores na equipe principal, pois já estão “educados taticamente” e podem desenvolver suas atribuições em campo com pouca necessidade de adaptação. Isso dá confiabilidade tanto à comissão técnica em lançar o jovem jogador em sua posição de origem, quanto para o jogador que entra com mais conforto para jogar.
Porque estou elogiando o Fortaleza? Porque seu presidente ao fazer esse movimento, com foco no futebol e mantendo as convicções colhe os frutos onde é mais importante para um clube de futebol: O CAMPO. É notório que o campo carrega todas as outras coisas juntas e que um rebaixamento reduz a receita brutalmente. Pensar no time em campo é o maior ganho administrativo de um clube que hoje disputa a Série A do Campeonato Brasileiro.
NÃO HÁ NO FORTALEZA MEDALHÕES, HÁ LIDERANÇAS!!!!!! Outra coisa que foi percebida nessa equipe é que, pra ser competitivo não necessariamente deve-se escorar em medalhões, que quando se planeja o campo respinga na conta bancaria do clube, os atletas se valorizam muito mais. A terceira posição na tabela dá a visibilidade obrigatória nas mídias nacionais sem precisar de campanhas adicionais. E sem nenhuma desculpa de que é um time do Nordeste ou que o CEP atrapalha.
Ao Bahia, que administrativamente vai bem sim senhor, não sejamos levianos que isso faz direito, mas, a humildade para olhar para os erros e vê que é um verdadeiro fracasso em campo ainda está em tempo de fazer. Futebol, embora seja um verdadeiro intricado de coisas para ser resolvidas, se resume estritamente ao que o time de futebol profissional executa em campo e os resultados que esse time alcança. Esse é o alicerce, o sustentáculo, a raiz do sucesso para qualquer clube no mundo que tem como maior produto o futebol.
É uma lição primária e sabida por qualquer um que acompanha o futebol, que tem sido o calcanhar de Aquiles do Bahia, que não tem um plano definido de longo prazo para o campo, se limitou ao administrativo e ponto. Sei que em sete (7) anos após a redemocratização ainda não é tempo de estabilização, o Athletico-PR levou vinte (20) anos nesse processo, mas, um plano para o futebol de longo prazo já era pra ter sido traçado com convicção, e o mais importante, que era trazer profissionais com foco especifico nessa busca deveriam ser a prioridade, não foi feito.
A realidade do Bahia hoje é que temos uma excelente gestão de contratos e um péssimo departamento de futebol. Isso tem que ser mudado enquanto a vaca não foi pra o Brejo.
Diego Campos, torcedor do Bahia e colaborador do Futebol Bahiano.