Bahia deve aceitar proposta da construtora MRV pelo Fazendão

De acordo o clube, o pagamento será feito de forma parcelada em 30 veze

Buscando se livrar dos custos de 54 mil/mês para manter o Fazendão, antigo centro treinamento do clube, o Esporte Clube Bahia deve aceitar a proposta da construtora MRV, a única que recebeu pelo patrimônio oficialmente. O valor oferecido é R$ 22 milhões, sem se interessar pelo terreno anexo do Fazendão que foi adquirido pelo Bahia recentemente – do Jardim das Margaridas. De acordo o clube, o pagamento será feito de forma parcelada em 30 vezes. 18 parcelas de R$ 489 mil e as últimas 12 no valor R$ 1,1 milhão. O clube ainda não oficializou a venda, no entanto, o presidente Guilherme Bellintani admite que o equipamento tornou-se obsoleto e está fora do planejamento, por isso não tem sentido lógico a manutenção do Fazendão.

 

Ainda recentemente, o presidente em entrevista comentou que prefere gerar endividamento do que vender o antigo centro de treinamento por muito baixo do preço de mercado. Porém, pontuou a necessidade de vender o terreno e que não tem que ficar preservando algo que é inutilizado, pelo visto, o clube encontrou a proposta ideal e o antigo Fazendão passará apenas a integrar a historia do clube.

“A nova proposta da MRV exclui o terreno do Jardim das Margaridas. Além de ser um valor maior, exclui porque a MRV não vai entrar pela questão ambiental. Ela tem medo que ela potencialize os riscos ambientais”, disse Bellintani.

“Caso essa negociação se concretize, o Bahia permanece nesse imóvel que pode ser envolvido em outra negociação”, complementou o vice-presidente Vitor Ferraz.

O CT do Fazendão, batizado como Centro de Treinamento Osório Villas-Boas, em homenagem ao ex-presidente do clube, responsável pela conquista do primeiro campeonato nacional em 1959, foi inaugurado pelo clube em 1979, no bairro de Itinga, cidade de Lauro de Freitas, Região metropolitana de Salvador. Construído numa área de 120 mil m², dispõe de quatro campos de treinamento, além de uma sede administrativa, hotelaria das divisões de base, sala de imprensa e arquibancada com capacidade para 3 mil lugares. Em 2009 foi totalmente reformado, construindo uma academia e uma sala de fisiologia, além de outros retoques. Foi utilizado como local de treinamento do Bahia até o final de 2019, quando o clube se mudou para a moderna Cidade Tricolor, conhecida como CT Evaristo de Macedo, em homenagem ao ex-treinador campeão brasileiro em 88.

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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