Com a Copa América, Brasil confirma sua especialidade em mata-mata

Com a Copa América, Brasil confirma sua especialidade em mata-mata

O publicitário Maurício Santos colaborador do Site do Carsughi escreveu sobre o assunto

Com a Copa América, Brasil confirma sua especialidade em mata-mata

O Governo Federal agora admite que a realização da Copa América no Brasil ainda não está confirmada e essa decisão será tomada ainda na manhã desta terça-feira. No entanto, estava claro que a decisão estava sacramentada, não tão somente para o governo que não tem qualquer compromisso com a população, a CBF, a Conmebol e as seleções. Vale lembrar que cada seleção recebe cerca de R$ 27 milhões apenas pela participação e R$ 50 milhões para a seleção vencedora, além de outros milhões que recebem empresários, agenciadores, intermediários, TV, agências de publicidades, dirigentes e coisa e tal que já conhecemos.

 

Se em outros tempos se dizia que “com 100 contos na mão a cueca ia para no chão”, logo, podemos imaginar que com R$ 77 milhões se justifica mais alguns caixões abaixo do chão. No entanto, a ideia vem sofrendo críticas de vários segmentos da sociedade e a Copa foi batizada de COVA-América transformando uma questão antes  certa em algo que ainda será repensada diante da repercussão negativa.

Curiosamente, a Copa deixou de ser realizada na Argentina diante do quadro agravado da pandemia que por lá já matou 77 mil argentinos. Resta saber então porque poderia ser realizada no Brasil onde quase meio milhão de pessoas já morreu e ainda continuam morrendo aos montes todos os dias? Não sabemos, o certo é que a Conmebol já agradeceu ao presidente da República do Brasil pela agilidade para realocar a competição em solo brasileiro em um autêntico tapa na cara que não precisamos receber.

O publicitário Maurício Santos, colaborador do site do Carsughi, escreveu sobre o assunto, optou por um título emblemático no seu artigo “A Copa América no Brasil, um país referência em mata-mata”, e lembra que o governo ignorou propostas de compras de vacinas que o mundo corria atrás e que poderiam ter evitado quase 100 mil mortes, porém, foi rápido e ágil para trazer para o Brasil o que ninguém quis ver por perto.

Veja abaixo:

“É revoltante! Ainda mais após os depoimentos dados na CPI da Covid-19, com documentos apresentados, de que o governo recusou — e ignorou — ofertas que ultrapassam a marca de 100 milhões de doses de vacinas. Pesquisadores já afirmaram que pelo menos 95 mil vidas já teriam sido salvas se essas propostas não fossem ignoradas pelo governo. Em menos de 12 horas, o presidente do Brasil disse ‘sim’ para a Copa América no país.

Apoiadores bolsonaristas se apóiam no discurso de que essa indignação é hipócrita, visto que por aqui já acontecem jogos da Libertadores, Sul-Americana, Estaduais, Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil… E que um torneio a mais não faria diferença; mas faz!

A Copa América não é um torneio qualquer. É óbvio que vai ter público na final, como foi aquela bagunça na decisão da Libertadores 2020. No estádio, estarão convidados da organização e dos patrocinadores, além de outros torcedores. Além disso, é um evento atrativo. O Brasil receberá ainda mais turistas.

A realização da Copa América é de uma irresponsabilidade sem fim; mas nada mais me surpreende, afinal, no país do futebol a saúde fica em segundo plano. Ofertas de vacina podem ser recusadas, mas uma decisão do governo dada ao presidente da CBF e à Conmebol precisa ser ágil.”

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Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com



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