Afastado da presidência da CBF no dia 6 de junho após acusação de assédio moral e assédio sexual de uma funcionária, Rogério Caboclo enviou uma petição à Comissão de Ética da entidade solicitando a anulação de sua suspensão, “alegando não existir previsão legal no estatuto ou no código de ética da entidade para a sua suspensão”. No documento, o cartola pede também a recondução ao cargo, segundo informação publicada pela “Folha de S.Paulo”.
A defesa de Caboclo afirma que os dispositivos do estatuto citados pela decisão não se referem a prerrogativas da comissão de ética, mas de outras instâncias da entidade. Ao pedir o retorno do cartola, os advogados consideram o afastamento absolutamente desnecessário justificando que a “denunciante já apresentou provas e prestou depoimento, tendo sido também realizada a oitiva de diversas testemunhas”.
NOVA DENÚNCIA
Na última terça, a Comissão de Ética recebeu mais uma denúncia formal contra o dirigente. A queixa é por assédio moral de outra vítima, o diretor de Tecnologia da Informação, Fernando França. O documento foi enviado ao órgão pelo diretor no último dia 22. O dirigente afirma que Rogério Caboclo praticou “condutas ilícitas e repugnantes” e pede que seja aberto um novo processo contra o presidente afastado, segundo informação do “ge”.
Na denúncia protocolada no dia 22, França escreveu que “foi injuriado, difamado e sofreu agressões ameaçadoras, o que, sem dúvida, caracteriza abuso de poder e afronta ao princípio da moralidade”. No texto, o diretor da CBF afirma que um dos episódios ocorreu no apartamento de Caboclo, no dia 21 de abril, no Rio de Janeiro. “O denunciante sofreu verdadeiro massacre moral”, traz a denúncia. O diretor de TI da CBF informou ainda que tudo ocorreu na presença de outro funcionário.