Nike rompe contrato com Neymar após investigação de abuso sexual

Nike rompeu contrato com Neymar após investigação de abuso sexual contra funcionária

Suposto caso teria ocorrido em 2016, mas só foi denunciado em 2018

Photo by Jean Catuffe/Getty Images

A Nike revelou que rescindiu o contrato com o atacante Neymar no ano passado por conta da investigação sexual contra uma funcionária da empresa. A postura do jogador ao se recusar a cooperar com as investigações acabou incomodando a Nike que decidiu pelo encerramento da longa parceria. Apesar de ter repercutido agora, o suposto incidente teria ocorrido em 2016, sendo denunciado dois anos depois, em 2018. A apuração do caso foi iniciada em 2019, mas os resultados foram considerados “inconclusivos” pela fabricante. O estafe de Neymar negou a acusação. “Neymar Jr. se defenderá contra esses ataques infundados caso alguma denúncia seja apresentada, o que não aconteceu até agora”, disse.

 

De acordo com informação do jornal “Wall Street Journal”, a funcionária da Nike revelou a colegas e amigos que o jogador tentou forçá-la a fazer sexo oral em um quarto de hotel enquanto estava na cidade de Nova York. Ela ajudava a coordenar eventos e logística para o atleta e sua comitiva. Segundo a empresa, a funcionária relutou em denunciar o jogador em um primeiro momento. Por isso, a Nike optou por respeitar a confidencialidade e não se manifestou sobre o incidente.

“A Nike ficou profundamente perturbada com alegações de abuso sexual feitas por uma de nossas funcionárias contra Neymar Jr.. O suposto incidente aconteceu em 2016 e foi oficialmente relatado à Nike em 2018. A funcionária se manifestou para relatar a experiência em um fórum criado pelas lideranças da Nike para fornecer um ambiente seguro onde funcionários e ex-funcionárias pudessem, confidencialmente, compartilhar suas experiências e preocupações. Desde o início tratamos as alegações da funcionária com grande seriedade”, disse a empresa ao portal UOL.

“Quando a funcionária relatou suas alegações pela primeira vez às lideranças da Nike em 2018, ela fez isso sob garantia de confidencialidade. Embora a Nike tivesse preparada e pronta para investigar naquele momento, a empresa respeitou o desejo inicial dela em manter esse assunto confidencial e evitar uma investigação. Como empregadores, tínhamos a responsabilidade de respeitar sua privacidade, e não acreditamos que era apropriado dividirmos as informações com autoridades policiais ou qualquer terceiro sem o seu consentimento”, afirma a multinacional.

“A investigação foi inconclusiva. Não emergiram fatos suficientes que nos permitam falar substancialmente sobre o assunto. Seria inapropriado para a Nike fazer uma declaração acusatória sem poder oferecer fatos que a suportem. A Nike encerrou sua relação com o atleta porque ele se recusou a cooperar em uma investigação de boa-fé de alegações críveis de uma funcionária”.

Esta não é a primeira vez que Neymar se vê em meio a um caso de denúncia de abuso sexual. No final de maio de 2019, Najila Trindade registrou boletim de ocorrência acusando o jogador de estupro após encontro amoroso em Paris, na França. As investigações se arrastaram até agosto de 2019, quando a polícia civil de São Paulo decidiu arquivar a acusação. Em setembro, o Ministério Público denunciou Najila por fraude processual e denunciação caluniosa. A Justiça, no entanto, aceitou apenas a denúncia de fraude processual.

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Autor(a)

Fellipe Amaral

Administrador e colunista do site Futebol Bahiano. Contato: futebolbahiano2007@gmail.com



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