Na última sexta-feira, durante assembleia geral que aprovou as contas do clube, o presidente Guilherme Bellintani revelou que emprestou R$ 1 milhão ao Esporte Clube Bahia sem cobrar juros, para pagar cerca de 320 funcionários que ganhavam até três salários mínimos e estavam com os vencimentos em atraso. O Esquadrão fechou 2020 com um um déficit de aproximadamente R$ 50 milhões por conta da pandemia do coronavírus que derrubou as receitas do clube. No ano passado, o presidente tricolor e o vice-presidente Vitor Ferraz abriram mão de receber salários por oito meses.
“No momento mais difícil da pandemia, quando não tínhamos dinheiro sequer para pagar o salário de quem ganha um salário mínimo, precisamos de uma doação atípica. Isso foi feito por mim. Eu aportei do meu recurso individual, isso é bom estar transparente, fiz um aporte de R$ 1 milhão, um empréstimo sem juros, sem nenhum tipo de remuneração sobre esse empréstimo, sequer houve reposição financeira do CDI, do dinheiro que perdi de remuneração do banco. Fiz isso no momento em que precisávamos garantir o pagamento dos funcionários de salário mínimo, que já estava com uma semana de atraso. Por escolha individual, decidi, combinando com Vitor [Ferraz], dando ciência ao Conselho Fiscal, que faria esse empréstimo, que já foi pago, sem juros ou remuneração financeira.”, disse.
“Quando o clube começou a se recuperar, eu tive esse reembolso. Mas entendi que seria mais prudente e razoável que o clube recebesse empréstimo do próprio presidente, sem juros ou operação que custasse ao clube, do que ir ao mercado para buscar isso com juros e dificuldade de obtenção de crédito naquele momento. Consegui dormir com a consciência mais tranquila quando fiz esse empréstimo, e conseguimos quitar os salários dos funcionários que ganham um a dois salários mínimos”, completou.