Na última sexta-feira, saiu o grupo do Bahia na Copa Sul-Americana de 2021. Será o Grupo B, que conta com o “Rei de Copas” Independiente-ARG, Guabirá-BOL e Uruguai 1 (Montevideo City Torque ou Fénix). Com a nova configuração da competição, apenas o primeiro do grupo se classifica, portanto, o Esquadrão vai ter que jogar pra pirão para poder passar da fase de grupos e seguir adiante nessa rentável competição. Mas o intuito desse comentário vai em outra direção distinta, que é a do Bahia estar cada vez mais presente entre os grandes da América do Sul. O ideal seria estar disputando a Libertadores, mas como o formato agora é igual, serve como parâmetro.
A Copa Sul-Americana, cuja classificação foi conseguida as duras penas no Brasileirão 2020, deve servir para uma mudança de paradigma e pensamento para Torcida, Diretoria, Comissão técnica e Jogadores. Eu, nos meus maiores sonhos, sempre quis acompanhar meu time se confrontar justamente contra times poderosos, como o Independiente da Argentina, que reconhecidamente um time copeiro e de tradição no nosso continente. Mas, mudar o pensamento para o Bahia é jogar qualquer competição para vencê-la e não apenas para ser um mero participante.
Tenho plena convicção que no campo do investimento, o Bahia e os clubes brasileiros superam os nossos vizinhos, mas, nem sempre isso quer dizer muita coisa, pois, Copa é Copa, essas se decidem em detalhes e produz zebras de modo recorrente.
Penso que o clube tem que se acostumar com o protagonismo, haja vista que o E.C BAHIA é um clube tradicional da América do Sul. Nosso mal é que e não olhamos para nossos vizinhos, não temos a dimensão do quanto nós somos temidos por essas equipes sul-americanas. Temos um vício cultural histórico de olhar para a Europa e EUA, e esquecer os nossos vizinhos, tanto que agora estamos trazendo bons reforços exatamente de países vizinhos de continente.
Mas como esse respeito dos outros times para conosco pode aumentar? Com títulos é claro!!! Nada mais eficiente para elevar o patamar de um clube do que título, assim, com a iminência da fase de grupos da Copa Sul-Americana terá a oportunidade de ver jogos internacionais do nosso time, e, se Deus quiser, com êxito, sem aquele discurso de: “FAZ O PIX” somente.
O time do Fortaleza ano passado deu um exemplo de coragem ao jogar contra esse mesmo Independiente-ARG e por pouco não se classificou, assim, resta demostrado que precisamos de atitude como eles tiveram, e agora, podemos contar com a experiência de jogadores como Conti e Ruiz, e Ramirez (mesmo machucado) para nortear como se joga essa competição, pela experiência que trazem de postura dos times adversários ao entram em campo.
A diretoria, a Comissão Técnica e os jogadores precisam mudar a mentalidade e a atitude, afinal, se quer ser triunfante, não irá conseguir isso com facilidade. O time que quer ser campeão não pode temer adversário nenhum e sempre ir de corpo, alma, sangue e cabeça erguida para cada jogo. Os torcedores não devem se lamentar por enfrentar A ou B, mas, entender que quando se acostuma jogar contra os “grandes” o time acaba se acostumando a grandes jogos, que melhora o desempenho e o nível de competitividade da equipe, criando uma casca cada vez mais dura e nos torna mais combativos contra qualquer equipe que seja.
BBMP!!!
Diego Campos, torcedor do Bahia e colaborador do Futebol Bahiano.