Tido como retranqueiro, Guto sonha em colocar o Ceará na Libertadores

“Fui conhecido como retranqueiro para quem não quer analisar futebol"

Foto: Thiago Gadelha / SVM

Com a saída de Enderson Moreira, que pediu a rescisão para comandar o Cruzeiro, o Ceará foi em busca de um novo treinador em março de 2020 e acertou com Guto Ferreira. Não imaginavam os cearenses que a saída de Enderson e a chegada de Guto faria tão bem ao time. Após o retorno do futebol, em agosto, o Vozão arrancou rumo à mais uma final de Copa do Nordeste e na decisão venceu o Esporte Clube Bahia em pleno Estádio de Pituaçu. No Campeonato Brasileiro, o Vozão teve altos e baixos, mas no segundo turno se afastou do Z4 e deu um salto na tabela ocupando agora o 8º lugar, e sonhando agora com vaga na pré-Libertadores. Vale lembrar que o G-6 pode virar um G-8 após as decisões da Copa do Brasil e Libertadores.

 

Entrevistado pelo programa “BN na Bola”, da rádio Salvador FM 92.3, apresentado por Emídio Pinto, Glauber Guerra e Ulisses Gama, o técnico Guto Ferreira voltou a lembrar que foi taxado de retranqueiro na época da passagem pelo Esporte Clube Bahia, mas destacou que “isso é um jargão totalmente errado”.

“Fui conhecido como retranqueiro para quem não quer analisar futebol na essência. Com certeza quem trabalha na área e vê os números que a gente tem obtido pelas equipes que tenho passado sabe que isso aí é um jargão totalmente errado”, declarou o técnico.

Sobre a possibilidade do Ceará alcançar uma vaga na Libertadores de 2021, o treinador prefere ter os pés no chão e pensar primeiro em conquistar uma vaga na Copa Sul-Americana, mas admite que se derem espaço, o Vozão vai em busca de beliscar uma vaga na Liberta.

“Eu acho que o importante é trabalhar onde você é feliz e acho que aqui a gente tem tido todas as condições de fazer um bom trabalho. Uma equipe para chegar no lugar que o Ceará está chegando teve que subir de degrau em degrau. Nós já estivemos em 16º lugar em algum momento da competição e hoje estamos lá em cima. O trabalho foi apoiado, solidificado e consciente. O importante é saber o que você está fazendo para que a pressão externa não possa influenciar no trabalho”, completou.

“Em relação ao que a gente objetiva, agora vamos pensar na permanência da posição para conseguirmos a vaga na Sul-Americana, o quanto antes. Mas se der espaço, por que não sonhar mais? Quem sabe a gente não belisca uma vaga para a Libertadores?”, finalizou o Guto.

Autor(a)

Fellipe Amaral

Administrador e colunista do site Futebol Bahiano. Contato: futebolbahiano2007@gmail.com

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