De forma inesperada, em uma articulação com o Flamengo, o presidente Jair Bolsonaro mudou a Lei Pelé, e definiu que o time de futebol mandante tem o direito de arena sobre a partida de futebol que atua como mandante. A autorização aponta que esse clube terá prerrogativa exclusiva de negociar os direitos de transmissão dos jogos. “Serão distribuídos, em partes iguais, aos atletas profissionais participantes do espetáculo cinco por cento da receita proveniente da exploração de direitos desportivos audiovisuais, como pagamento de natureza civil, exceto se houver disposição em contrário constante de convenção coletiva de trabalho”, este é um dos trechos da medida provisória publicada na edição extra do diário oficial da União. No entanto, a medida ainda que já valida precisa ser aprovada até 120 dias por Câmara e Congresso para se tornar lei, caso contrário perde a validade.
A nova medida agradou o presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, que utilizou sua página no Twitter para destacar que muda muito “a lógica da transmissão do futebol brasileiro”. “Clubes passam a ter direito de transmissão sobre os jogos que atuem como mandante, permitindo, entre outras coisas, mais autonomia na comercialização desses jogos”, completou o dirigente.
A mudança abre caminho para o tricolor transmitir os jogos através da internet. Neste mês, o Bahia apresentou uma nova modalidade de sócio-torcedor, o Sócio-Digital, que rende acesso a um novo aplicativo oficial do clube que terá o objetivo de concentrar todo o material audiovisual produzido pelo departamento de comunicação do Esquadrão de Aço.
Medida Provisória publicada hj pelo Governo Federal muda MUITO a lógica da transmissão do futebol brasileiro. Clubes passam a ter direito de transmissão sobre os jogos que atuem como mandante, permitindo, entre outras coisas, mais autonomia na comercialização desses jogos. pic.twitter.com/u4TamPQZAf
— Guilherme Bellintani (@gcbellintani) June 18, 2020
Marcelo, vou discordar. Hj o Bahia não poderia ter nenhum jogo transmitido se não desse “amém” para empresas de TV. A partir dessa mudança, ganha-se independência. Em muitos países de alto nível do futebol é assim que funciona. Os acordos passam a ser feitos clube a clube. https://t.co/L0N0zdx8cQ
— Guilherme Bellintani (@gcbellintani) June 18, 2020
