O meia venezuelano Alejandro Guerra, com passagem pelo Esporte Clube Bahia na temporada passada, fez um desabafo em entrevista ao podcast ‘El Drink Team’ e mostrou insatisfação com o tratamento dado pelo Palmeiras, colocando ele para treinar em horário diferente do grupo principal. Sem atuar há 150 dias, o jogador entrou em campo pela última vez no dia 24 de novembro de 2019, na derrota do Bahia por 4 a 3 para o Goiás, pela 34ª rodada do Campeonato Brasileiro. Com o fim do empréstimo com o Esquadrão, retornou ao Palmeiras no início deste ano, porém, fora dos planos do técnico Vanderlei Luxemburgo, figurou na lista de negociáveis do clube paulista e aguarda o retorno do futebol para definir seu futuro.
“Estava treinando à parte, em outro horário. Isso não se faz com ninguém, é uma falta de respeito, em todos os sentidos da palavra. Se a equipe treina de manhã, eu treino à tarde. Se a equipe treina à tarde, eu treino de manhã. É uma falta de respeito comigo. Ninguém merece isso. Isso me deixa triste, me faz não confiar no meu potencial, no meu futebol. O que me dá forças é ficar com minha família em casa”, disse o jogador.
Guerra tem contrato até o final deste ano com o Palmeiras e revelou uma conversa que teve com o diretor de futebol. “Chamei o diretor de futebol: ‘Vocês disseram que me querem e não me colocam para jogar. Parece uma falta de respeito de vocês. Sabem que não vou viajar com minha seleção’. Pediram calma, que eu estava com raiva. Fiz o sacrifício de não ir à seleção, depois tive lesões. Mas que atleta profissional não se lesiona? Quando eu me lesionava e voltava, já não me colocavam. Sinto que aqui no Palmeiras não me valorizaram o que eu sou. Digo com toda a responsabilidade, porque eu disse a eles: ‘Aqui não me valorizam'”.
Bancado pela Crefisa que pagou US$ 3,7 milhões (cerca de R$ 11,7 milhões, na cotação da época) da Crefisa, Alejandro Guerra chegou ao Palmeiras em 2017 com a pompa de ter sido melhor jogador da Copa Libertadores do ano anterior vestindo a camisa do Atlético Nacional, porém, não vingou pelo clube paulista e sofreu com as lesões nas últimas temporadas. Em 2017, fez 38 jogos e marcou 7 gols. Em 2018, pouco entrou em campo, passou 4 meses se recuperando e quando entrou foi saindo do banco. Jogou 23 partidas e anotou apenas um gol. Ao todo, marcou oito gols em 62 partidas. No Bahia, foram apenas 18 jogos e um gol marcado.