No último sábado, o presidente Jair Bolsonaro resolveu passear de moto aquática no Lago Paranoá, quando o Brasil chegava às 10 mil mortes pelo coronavírus, e obviamente virou notícia em variados meios de comunicação, até os que falam de futebol, visto que o presidente no momento do passeio vestia uma camisa do Esporte Clube Bahia. O presidente do clube, Guilherme Bellintani, em entrevista ao programa “Isso é Bahia”, da rádio A Tarde FM, falou sobre o assunto e revelou que foi ruim ver a camisa tricolor relacionada a um momento triste, porém, afirmou que não pode condenar pessoas por usar a camisa do Esquadrão.
“Naturalmente, foi ruim ver a camisa do Bahia relacionada ao momento dos 10 mil mortos, mas cada um usa a camisa do Bahia. Não posso condenar o presidente da república de jeito nenhum. Dentro da torcida do Bahia tem pessoas que votam em A, B e C. Não posso ficar aqui condenando pessoas especificamente. Tenho que lutar por causas. E é isso que o Bahia tem feito. A gente quer ser conhecido por notícias positivas e por enfrentamento dos problemas sociais graves”, afirmou.
Guilherme Bellintani reforçou que o Esporte Clube Bahia tem sido combativo e lançado campanhas que levam à reflexão de questões sociais. “O Bahia escolheu a política afirmativa de combater problemas sociais graves, de defender causas humanitárias. Isso a gente tem feito sempre no combate ao racismo, no combate ao assédio, nas campanhas de reconhecimento de paternidade, na inclusão LGBT no futebol e na sociedade como um todo, no fim do preconceito. São causas que o Bahia defende arduamente. Causas humanitárias. A gente vai continuar defendendo, inclusive em relação ao coronavírus”, disse.
Em relação ao coronavírus, o presidente do Bahia disse que apoia as medidas de restrição e reforçou o apelo para que as pessoas que puderem permaneçam em casa. “A gente entende que a política de isolamento social, lógico que dentro das circunstâncias. Quem puder ficar em casa, ficar. Isso que a gente defende. A história vai mostrar que quem defende isso tem razão. Tenho certeza disso. Os países que estão afrontando essa estratégia estão indo por água abaixo. O Bahia vai ser parceiro de todas essas campanhas que prezam o avanço pelo avanço social equilibrado e justo.”