Com a crise por conta da pandemia do novo coronavírus que paralisou completamente o futebol brasileiro, muitos clubes buscam alternativas para evitar um prejuízo ainda maior e uma das soluções é cortar parte do salário dos jogadores e funcionários do clube, além de diretores e até do presidente. Em entrevista ao Jornal Correio, no último sábado, o presidente Paulo Carneiro falou sobre o acordo do Esporte Clube Vitória com os funcionários e destacou que foi honrando o que está na Medida Provisória, mas evitou falar de números.
“Foi feito o que está na Medida Provisória. Eu não falo de números publicamente. É só ler as Medidas Provisórias e entender o que foi feito. Não falo em números, porque salário é uma coisa pessoal do funcionário. Sei que o acordo foi entendido pelos funcionários, por isso assinamos um acordo individual. E assinamos uma coisa que não era necessária por lei, um acordo coletivo com o sindicato da categoria. Ou seja, nós ampliamos todo o espectro de negociação e acho que todo mundo saiu satisfeito, embora não exista satisfação nesse momento em que estamos vivendo.”
Sobre a redução de 25% do salário dos jogadores, o dirigente afirmou que não houve corte nos vencimentos no período de férias, nem no Vitória e tampouco nos outros clubes das Séries A e B. Segundo PC, não houve esse acordo no futebol brasileiro, apenas de férias coletivas. Porém, o Vitória está negociando com os atletas e o acordo está próximo.
“Não houve esse acordo no Brasil. Não houve redução salarial nenhuma no período das férias. Nenhum acordo nesse sentido. Nós estamos negociando um acordo com os nossos atletas e está em fase final. Nem Série A, nem Série B e nem ninguém (fez redução salarial). Apenas a decisão conceitual de dar férias coletivas. Mas isso não foi uma negociação, porque a lei nos permitia fazer isso, então se a lei nos permitia, não houve negociação.”
Perguntado se o salário do presidente também teve redução, o mandatário desconversou: “Eu não trato desse assunto. Acabei de te dar uma resposta. Vale para essa sua pergunta também.”, afirmou.
Paulo Carneiro diz que não abre mão do seu salário durante pandemia
