Na 2ª divisão, prejuízo do Cruzeiro deve ultrapassar a casa dos R$ 60 milhões

A inédita queda do Cruzeiro para a 2ª divisão do Campeonato Brasileiro inicialmente gerou como conseqüência, o natural desamparo moral, a revolta da torcida, a depredação do estádio com a destruição de cerca de 40 aparelhos de TV, cadeiras destruídas, vasos sanitários arrancados, espelhos espatifados, confusão, insegurança, além disso, irá gerar também um prejuízo de cerca R$ 64 milhões em recursos de direitos de televisão de acordo com os cálculos do Jornalista Rodrigo Mattos no seu site. Segundo ele, a partir deste ano, os grandes clubes não tem mais a salvaguarda de ficar com a mesma cota de televisão na Série A. Pelos contratos de todos, há duas opções: manter o ganho com o ppv ou levar uma fatia do acordo da Segundona (R$ 6 milhões mais R$ 2 milhões de logística).

 

Para o Cruzeiro, o mais vantajoso é ficar com o ppv. No ano de 2019, o clube teria direito a 6,3% do total do bolo de assinantes, o que daria R$ 40,9 milhões pelo valor previsto inicialmente. Mas isso depende de não haver queda da arrecadação no pay-per-view. Além disso, tem que se saber se o Cruzeiro manterá essa de torcedores no próximo ano no levantamento para 2020.

E o que a agremiação deixa de ganhar? Os contratos de TV Aberta e Fechada geram remunerações fixas (40%), por posição (30%) e por exibição (30%). De cara, o Cruzeiro já deixa de ganhar a fatia por posição em 2019 já que rebaixados não têm esse direito. Ou seja, é uma perda de R$ 11,2 milhões, valor que teria sido recebido se ficasse na 16a colocação. Pode-se multiplicar por dois esse prejuízo já que também nada será recebido no próximo ano.

Além disso, somam-se as cotas perdidas de 2020. Serão R$ 32 milhões fixos da TV Aberta e Fechada que o clube ganhou em 2019. O Cruzeiro teve ainda um total de R$ 9,8 milhões por exibição de jogos nessas duas plataformas. No final das contas, o prejuízo somado é de pelo menos R$ 64 milhões em dinheiro da televisão perdido.

Pior, o Cruzeiro antecipou recursos da Globo por meio do fundo Polo capital. Esses valores recebidos adiantados terão de ser descontados do pouco a que a agremiação tem a receber nos próximos ano. Assim, nem o dinheiro do pay-per-view deve entrar integralmente.

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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