O polêmico jogo entre Náutico e Paysandu vai parar nos tribunais. Nesta sexta-feira, o presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Paulo César Salomão Filho, confirmou o recebimento do pedido de impugnação e determina à CBF a não homologação da partida, disputada no último domingo, no Estádio dos Aflitos, em Recife, que terminou empatado por 2 a 2 com pênalti irregular marcado por Vuaden para o Timbu nos minutos finais que acabou levando a decisão para a disputa dos pênaltis. O despacho foi divulgado no começo da noite de hoje, porém, ainda não há data marcada para o julgamento no Pleno.
Apesar da não homologação do jogo de volta das quartas de final do Brasileiro nos Aflitos, o Tribunal mantém garantida a realização do primeiro jogo da semifinal entre Timbu e Juventude, que ocorrerá neste domingo, dia 15, no Rio Grande do Sul. Na visão do presidente do STJD a paralisação da competição resultaria em um dano “demasiadamente acentuado” não apenas aos clubes envolvidos, mas ao campeonato.
O Paysandu vencia o jogo por 2 a 1 até os 49 minutos do segundo tempo e estava garantindo o acesso, quando o árbitro Leandro Pedro Vuaden marcou um pênalti ao time da casa – no lance, a bola bate no braço do volante bicolor Uchôa após desvio de cabeça de Caíque Oliveira, também do Papão. A penalidade no estouro dos acréscimos fez com que o Náutico conseguisse o empate e levasse à decisão para as cobranças na marca do cal – vencidas então pelo Alvirrubro.
Ao término do jogo nos Aflitos houve uma grande invasão ao gramado. Um torcedor do Náutico gravou vídeo beijando o rosto de Vuaden agradecendo a marcação do pênalti, brincadeira que acabou instigando ainda mais revolta entre os bicolores. Ainda no estádio o técnico do Papão, Hélio dos Anjos, afirmou em entrevista coletiva se sentir “roubado” e “assaltado” com o pênalti marcado por Leandro Vuaden e fez duras críticas pessoais ao apitador e a Leonardo Gaciba, chefe do departamento de arbitragem da CBF.