Paulo Carneiro esclarece acordo do Vitória com a Arena Fonte Nova

Presidente do Vitória destaca extremo profissionalismo do consórcio

Foto: Ruan Melo

Nesta terça-feira, o presidente do Esporte Clube Vitória, Paulo Carneiro, concedeu entrevista ao site GloboEsporte na Toca do Leão e o tema principal foi o acordo com a Arena Fonte Nova para o time mandar seus jogos nos próximos três anos. A estreia será já no próximo sábado, quando o Rubro-Negro enfrenta o Guarani, às 16h30, pela 22ª rodada da Série B. Na entrevista, o mandatário do Vitória esclareceu os detalhes do acerto, porém, não revelou números por conta do termo de confidencialidade que foi assinado. O dirigente também explicou o porque da demora nas negociações e mantém o otimismo em aumentar a média de público com a mudança para o equipamento do governo estadual. Veja trechos da entrevista abaixo:

 

Foi um bom negócio para o Vitória?
– Lógico que sim, né? Senão nós não teríamos assinado. Não foi por causa das polêmicas, que, aliás, declarações um pouco infelizes da minha parte. Mas naquele momento de extrema tensão da vida do clube, às vezes a gente comete alguns excessos. Mas quero aqui deixar registrado o extremo profissionalismo do consórcio. A forma como ele conduziram, não era fácil o processo, e acho que chegamos a um bom termo, em um momento de extrema comunhão de que todos estão satisfeitos com os objetivos alcançados e o que iremos alcançar com essa parceria.

Qual a contrapartida que a Arena pediu ao Vitória?
– Não posso divulgar nada de números porque temos termos de confidencialidade assinados desde o início da negociação. O que posso dizer é que nós expressamos, com essa parceria, a vontade do torcedor. Esse é nosso papel aqui: trabalhar em cima da vontade do torcedor. O torcedor queria a mudança. É muito claro isso. Nada contra o nosso estádio, a nossa paixão. Eu falo isso com um pouco de sentimento porque foi com a minha chegada, há anos atrás, que esse estádio ganhou vida. Mas a vida é assim, você tem que encarar os problemas presentes. Nesse momento nós entendíamos que, em função da pouca presença do torcedor aqui no estádio nos últimos dois anos, o Vitória acha que com essa parceria o torcedor volta ao estádio. E o sócio se apresenta ao clube, o torcedor se apresenta do clube para se transformar em sócio. Acho que esse é o grande objetivo da parceria.

Qual era o grande impedimento para a negociação ter demorado tanto?
– Tinham algumas limitações no contrato porque tinha que haver isonomia no contrato entre o cliente principal da Fonte Nova, entre os multiclientes que eles têm, porque eles têm também a área de show. Na área esportiva, havia algumas situações que precisavam ser alinhadas e acabaram sendo alinhadas. E estamos satisfeitos.

Barradão vai passar por reformas?
– Estamos indo para a Fonte Nova, nosso foco é a Fonte Nova. Mal temos recursos para administrar o clube e não há possibilidade de pensar em nenhum tipo de investimento para esse fim porque não é o momento. O momento do clube é de controle dos seus gastos e buscar novas receitas. Esse é o nosso caminho no momento.

Nada muda para o sócio torcedor?
– O sócio torcedor tem direito adquirido, mas teremos novas categorias que devem ser lançadas no início da próxima semana. Essa semana seria quase impossível em função de você ter que equalizar sistema, informática, etc etc etc. Acho que essa semana não vai dar. Então vamos com o que temos. Os direitos são adquiridos. Aqueles sócios inadimplentes, mas que continuam ativos, porque no plano do Vitória ele tem 90 dias para se adequar, acho que esses devem correr às nossas lojas para atualizarem seus planos. São mais de duas mil pessoas. Isso tenho certeza que vai acontecer. E novos sócios também. Nós temos alguns limites do espaço que será utilizado na Fonte Nova para os sócios, por exemplo o sócio-prata, mas acredito que ainda tem bastante espaço para que eles possam comprar os títulos ainda a R$ 60. Acho que o torcedor tem que correr.

Ida para a Fonte Nova garante todos os jogos do profissional lá ou pensa em abrir exceção? Desde o Campeonato Baiano até o Brasileiro, todos os jogos serão lá?
– Sim, claro. A parceria só é boa nessa direção. Algumas ideias anteriores de fazer jogos avulsos nunca foi uma parceria com equilíbrio econômico, na minha opinião. Embora em alguns momentos de muito sucesso. Estádio cheio, mas para dar certeza, para dar continuidade, para que as partes fiquem satisfeitas, nós precisávamos de um plano contínuo. Por isso um contrato de três anos.

Sentimento que o Vitória terá um rendimento técnico melhor na Fonte Nova?
– Não tenho essa… Tenho até um pouco de preocupação porque não estamos jogando lá com frequência. O mando de campo tem a ver com alguns pontos de referência que o jogador tem dentro do campo e com a presença da torcida. Acho que a presença da torcida vai ser maior porque o estádio é mais, mais confortável, mais central. Agora, as referências nós vamos buscar. Espero que a gente já se adapte no momento.

Sem dúvida a média de público dos jogos do Vitória vai aumentar na Arena?
– Olhe, estou com um otimismo muito grande. Estou sentindo a nuvem muito forte, muito positiva. A manifestação, o movimento do torcedor e o sócio finalmente entenderem todo o esforço que essa direção está fazendo. Tudo o que ela já fez nesses quatro meses, das mínimas coisas às coisas mais relevantes. Estamos tentando atuar em todos os níveis de trabalho e de energia muito grande de nossa equipe. Tenho certeza que esse esforço será recompensado.

Autor(a)

Fellipe Amaral

Administrador e colunista do site Futebol Bahiano. Contato: futebolbahiano2007@gmail.com

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