A Juazeirense um dos representantes do estado no Campeonato Brasileiro da Série D segue em ritmo de treinamento para a partida decisiva que acontece neste Domingo, quando dentro do estádio Adauto Morais enfrenta o Interporto de Tocantins precisando vencer desesperadamente. Com o desejado triunfo, o time somaria 11 pontos obtendo a classificação já que Itabaiana ( 10 pontos) e Aparecidense (9) que são o líder e vice-líder, se enfrentam no estádio Aníbal Toledo, em Goiânia.
Para o jogo os atletas que participaram do empate em 1×1 com o Itabaiana na última segunda-feira se reapresentaram na última quarta e treinaram com bola à tarde no Adauto. Emílio e o seu companheiro de zaga, Emerson, foram poupados da atividade. O goleiro Gleibson e Nino, com sintomas de gripe, também ficaram de fora. Assim como Balotelli, que segue em recuperação de um incomodo muscular. Hoje à tarde o time volta aos treinos no Estádio Adauto Morais.
Zagueirão completa 50 jogos.
Com 1.91m e uma cabeleira à altura, Emílio não consegue passar despercebido pelas ruas de Juazeiro. “Em todos os lugares onde chego sou recebido com carinho, às vezes sou surpreendido por pessoas que eu nunca imaginava falar de futebol”, comenta o zagueirão, na maior expectativa para chegar logo o domingo (09) e cravar ainda mais um ponto de identificação com o Cancão: a decisão contra o Interporto-TO, às 18h, no Adauto, será o seu jogo de número 50 com a camisa da Juazeirense.
“Estou muito feliz por vestir a camisa da Juazeirense por 50 vezes. Domingo será histórico pra mim, por poder chegar a essa marca num jogo decisivo. O time está muito focado pra buscarmos a classificação dentro de casa diante da nossa torcida”, disse o jogador em entrevista ao site oficial do time baiano.
No domingo, o Cancão precisa da vitória para garantir a classificação ao mata-mata da Série D. Um resultado que o zagueiro quer demais para seguir em busca de um objetivo que ele já teve o gostinho de alcançar com a camisa do clube: o acesso à Série C em 2017, ano em que chegou ao Cancão. “Sou feliz demais por fazer parte da história da Juazeirense. Confesso que quase não vinha pra cá em 2017. A distância de Juazeiro pra Ilhéus é grande, mesmo sendo cidades do mesmo estado (risos)”, brinca Emílio, que após três anos na Terra das Carrancas criou uma forte identidade com a cidade. “Eu, minha esposa e minha filha amamos Juazeiro… O Rio (São Francisco) e a recepção do povo”, conta.
Por falar na pequena Dora, de 6 anos, ela é o grande motivo para o estilo black power do beque de 33 anos: “Sempre tive vontade de deixar crescer. Mas quando crescia um pouco, eu não gostava e cortava. Mas via minha filha, que tem um cabelo parecido e resolvi deixar. Minha inspiração foi ela, pra ela entender que essa é a nossa raiz. Às vezes ela reclama um pouco do cabelo, na escola as meninas falam um pouco, mas ela diz que quer um cabelo igual da mãe, da dinda. Foi aí que eu resolvi deixar. Essa é a nossa raiz, esse é o nosso cabelo”, ressalta com a típica personalidade. Em três temporadas, o zagueiro anotou seis gols.