A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) planeja apresentar aos clubes que vão disputar o Campeonato Brasileiro deste ano algumas novidades, algumas nem tanto assim, o tal do VAR, por exemplo, ainda que novo já apresenta aspecto de cansaço, especialmente pela má utilização na Copa Sul-Americana e na Copa do Brasil do ano passado. O Bahia que o diga. O assistente de árbitro de vídeo funcionou bem na Copa do Mundo quando foi utilizado critério correto, no momento certo e na hora exata dirimiu dúvidas pontuais e colaborou com a lisura dos resultados.
A CBF pretende propor e adotar o VAR em todas as partidas indistintamente assumindo a maior parte dos custos, porém, deve buscar como contrapartida, a aprovação de uma medida que seguramente deve trazer polêmicas se aceita, algo que particularmente não acredito que será fácil.
A entidade também levará para o conselho técnico nesta sexta-feira a proposta de limitação de trocas de técnicos de forma radical, ou seja, o clube só poderá mudar de técnico apenas UMA VEZ durante todo o Campeonato. Por exemplo, o treinador que começa mal e com fraco desempenho terá que ser o mesmo que vai afundar o barco até desaparecer o mastro no fundo das profundezas do oceano sem que o clube possa buscar uma segunda alternativa ou jogar alguma boia no mar atrás de socorro.
A alegação da CBF de propor tal medida, que no meu entender é completamente descabida, seria a “redução dos custos dos clubes”, como se fosse papel da CBF a administração ou a sugestão dos bons modos das finanças dos clubes. O ideal seria que a CBF escolhesse um técnico da Seleção Brasileira e mantivesse pelo tempo que desejasse.
Na verdade, a CBF tenta emplacar um velho pleito da Federação Brasileira dos treinadores de Futebol que comporta entre outras figuras conhecidas os nomes do Vagner Mancini, Dorival Júnior, Jorginho e Silas. Inclusive, existe um projeto que tramita na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, que prevê melhorias e garantias à carreira de treinador de futebol no Brasil de autoria do deputado Federal José Rocha.
A proposta prevê a assinatura do contrato de trabalho por um período mínimo de seis meses, além da obrigatoriedade de acerto das pendências contratuais antes de fechar com um novo treinador, fora isto, a participação no direito de arena e da possibilidade de indicar membros para os tribunais de Justiça Desportiva. A primeira parte da proposta, a CBF resolveu chamar para si a responsabilidade.