Os dirigentes do futebol da Bahia precisam mudar suas mentalidades

Longe da nossa terra acompanhando de perto os profissionais de imprensa do Sudeste escassas notícias sobre o nossos clubes, percebemos o quanto somos discriminados, mas chateado fiquei quando estes especialistas diziam antes da partida que o jogo do Cruzeiro contra o Bahia era para o time mineiro entrar de vez no campeonato, ou seja, eram favas contadas, discordo destas assertivas destes especialistas que analisam simplesmente o investimento realizado para determinar os favoritos. Vejo um conjunto de fatores determinantes para sucesso ou fracasso de uma equipe na competição, ter um bom técnico, ter jogadores comprometidos, e principalmente estar recebendo em dia.

Vimos ano passado o Corinthians confirmar esta nossa análise, um time modesto que desbancou grandes favoritos, vemos o Palmeiras, time com maiores investimentos, mas os treinadores contratados não souberam transformar esses estrondosos investimentos em realidade, e só agora com a contratação de Felipão deve entrar nesta briga. Outro exemplo é o Flamengo com grandes investimentos, por incrível que pareça é o único do rio que está pagando em dia, mas não foi feliz na escolha do técnico, pegando este gancho sempre achei que o grande nome do nosso rival era o seu treinador Mancini que fazia milagre com um modesto time, e Carpegiani confirmou isso quando disse que ficou decepcionado com que viu e deve estar muito arrependido, mas é um grande técnico e se ficar até o final acredito que salvará a equipe do Leão do rebaixamento.

Mais um assunto que me angustiou nesse período foi à certeza desses especialistas dizendo que o meia Zé Rafael já é jogador do Palmeiras se apresentará em Janeiro/2019 apesar dos desmentidos do Esporte Clube Bahia Bahia, fruto de um acordo pelo empréstimo de Allione, penso que esse acordo deixou de existir quando de maneira unilateral o Palmeiral resolveu vendê-lo visando somente o lado financeiro ao Racing da Argentina se não deu certo devido a problemas físicos (até hoje não explicado pelo DM tricolor).

Se ele estivesse em alto desempenho só restaríamos lamentar, já coloquei aqui em outras ocasiões esse ranço de inferioridade de pequenez que continua arraigada na mentalidade dos Dirigentes dos nossos clubes vimos David ser vendido ao Cruzeiro por menos de “10 contos”, que já recusou proposta do exterior pelo jogador de 25, se a multa rescisória de Zé Rafael é 10 milhões de euros (ainda pequena), e temos uma grande procura de vários clubes do Brasil e até do exterior, não tem porque vender por menos fazíamos isto há tempos atrás por incompetência ou em tenebrosas transações e quando andávamos com o pires na mão, independente da torcida gostar ou não, vaiar, diminuir sua importância, seu valor, mai se o artigo é procurado, temos que valorizar ao máximo.

Se é muito procurado, só com o pagamento total da multa rescisória, esse tem que ser a postura dos nossos dirigentes, acompanhamos neste período o dilema e críticas sofridas pela diretoria do Corinthians que avaliou mal o potencial de seus jogadores, colocando multas rescisórias baixíssimas e sofreu grande desmanche no seu elenco, mesmo seu presidente tentando justificar que não teve como evitar, então se não estamos com pires na mão só aceitaremos essa venda como uma boa venda se não tiver como evitar, ou seja, não aceitar qualquer tostão dado até porque qualquer perna de pau do Sul e Sudeste vale milhões.



Outro grande exemplo que acompanhei de perto, é que apesar da condição financeira lastimável que se encontra hoje o Fluminense do Rio com constantes salários atrasados, motivo de fuga de dirigentes, técnicos e jogadores, recusou uma primeira proposta de oito e meio milhões de euros do Bordeaux da França, e já achou outra de 15 milhões de Euros do Monterrey do México por Pedro e também recusou 67 milhões de reais, estamos falando de um time que está desesperado com salários atrasados, mesmo assim sua diretória usa uma estratégia para receber um valor maior porque sua condição é dolorosa com reflexo decisivo do time em campo, mas este deve ser o papel de todo dirigente responsável valorizar ao máximo sua mercadoria uma maneira mais eficaz de colocar de novo seu clube nos trilhos.

Nossos clubes sempre tiveram dirigentes medíocres que nas suas administrações permitiam que nossos clubes fossem usados como laboratórios e barrigas de aluguéis dos grandes clubes do Sul e Sudeste enviando jogadores só com uma única finalidade, usar como vitrines para valorização destes atletas no mercado Nacional, e principalmente Internacional, ganhando milhões enquanto não recebíamos um centavo. Hoje existe uma taxa ínfima de vitrine quando ele é negociado antes do término do contrato, mas a marca registrada e a pior de todas dos nossos incompetentes dirigentes que tiveram décadas à frente do nosso futebol, eram trazer indicações dos “amigos” empresários vários bondes que salários vultosos onerando nossas folhas de pagamento sem nenhum retorno técnico, além disso, eram jogadores problemáticos tanto clinicamente sem falar do lado comportamental.

Se evoluirmos e muito com contratações mais precisas através do DADE sendo grande maioria deles ligado aos nossos clubes, precisamos também deixar essa ranço de mediocridade e saber valorizar nossos jogadores para daí sim darmos um salto qualitativo, tendo reserva financeira para investirmos na base e novas contratações pontuais diminuindo com inteligência cada vez mais a desigualdade técnica com os grandes clubes.

Jorge Machado, torcedor do Bahia, amigo e colaborador do Futebol Bahiano.

Autor(a)

Redação Futebol Bahiano

Contato: futebolbahiano2007@gmail.com

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