Caro Leonardo Pereira (Pretuh), torcedor do Bahia, amigo e colaborador do Futebol Bahiano, parabéns pelo procedente comentário (Veja Aqui). Entendo que não precisamos de um técnico e sim de o técnico, que já tenha comprovado em campo que conhece como ninguém do seu ofício, não estamos em condição de apostar em técnicos emergentes, em promessas, não podemos nos dá ao luxo de darmos um salto no escuro, há muito em jogo!
Mantermos na primeira divisão é a nossa maior obsessão, é o nosso escopo fundamental, para que o clube não venha sofrer solução de continuidade, em seu árduo e gradativo processo de reconstrução.
Não podemos em hipótese alguma pensar em retornar a Série B. Diante da nossa situação, o Campeonato Brasileiro, é muito mais importante permanecermos nele, que até mesmo vislumbrar sermos campeões nas demais competições, que estamos no páreo.
Sendo assim, não cabe especulações, em torno de nomes que não seja uma unanimidade em relação aos seus trabalhos. Chamusca, é um bom nome, mas não para o momento atual, assim como Dorival Júnior, este último só vi algo de positivo quando dirigia o Santos. Zé Ricardo, foi bem no Flamengo, assim como Andrade, que conquistou o título brasileiro de 2009, e mais nada.
Quanto ao Cuca, para mim tá mais para a cuca, não mete medo em ninguém, nem mesmo, mais assustar as crianças, com todo respeito ao mestre Monteiro Lobato, O Cuca, também não me convence. Pensei por aqui em Sérgio Soares, contudo retiro minha sugestão, o mesmo se encontra no rol das promessas, do salto no escuro.
Em relação aos “treinadores do futebol sul-americano interessantes que o Bahia poderia fazer uma proposta” todos os citados, converso que não conheço o trabalho de nenhum deles, podem até serem bons, porém o fator adaptação, o desconhecimento técnico do elenco, de cada um dos atletas, suas características, suas idiossincrasias, o “jeitinho brasileiro” de cada um deles, pode ser um grande percalço, para que venha adaptasse! Sem falar nos adversários, que terá que enfrentar sem conhecê-los de fato, nesse caso idem, seria um salto no escuro!
Não estamos em condições de correr mais risco desnecessários. A hora é de quem sabe realmente fazer, o elenco jogar harmonicamente, seja aqui ou alhures, seja contra o Sport, Ceará ou quaisquer um outro das plagas do sudeste ou sul.
Faltou elencar mais dois sugeridos ou presumidos: Carpegiani e Luxemburgo, aquele, tô com o eminente tricolor Paulinho Fernando: “imagino que a questão do PCC foi de vontade dele em ir embora.” Carpe é meio tipo adolescente “porra-louca”, tá aqui de boa, de repente se pica, sem mais nem menos. Apesar ter feito um trabalho que agradou a todos nós, e nos deixou saudades, tem de vez em quando umas de professor Raimundo e seus loucos alunos, da sua saudosa escolinha! Tem chance.
Restou-nos o Luxa, este seria um luxo, tenho no comandando do time, suas qualidades como técnico, são quase inquestionáveis, mesmo com o modismo em voga do tal estilo dos técnicos europeus, que indubitavelmente tem o lá seus valores, embora, ache que não tenha nenhuma novidade, nesse aspecto, a seleção de 58 e 70, já trazia em seu bojo a semente que eles estão acolhendo, mais que foram plantadas por uma gama de técnicos tupiniquins do passado, entre os mais renomados Saldanha, Zagalo e Telê!
Tanto é que o mais expoente deles todos, classificou o novo paradigma dos técnicos europeus, semelhante à seleção de 1982: ‘A seleção mais maravilhosa que existiu’ e que ‘a seleção de 70, é sua fonte de inspiração’, ressaltou o Guardiola.
Nesse contexto, nesse afã sem sentido entre o novo e velho, entre o ultrapassado e o atual, a única coisa de real, que surgiu como paradigma mesmo foi a “laranja mecânica” a seleção da Holanda de 1974, o restou é uma mera reciclagem do ontem e do hoje.
Faço essa ressalva, ou mesmo essa tergiversação, para dizer que acho o Luxemburgo, um injustiçado, como se não mais soubesse nada do traçado, como se fosse uma máquina de escrever Olivetti ou um mimeografo, sem o menor respeito ao ser humano, sei que têm lá ele suas idiossincrasias, sua maneira meio Luxe de ser, acha-se a última cocada do tabuleiro da baiana, o mais novo lançamento do celular Apple, no entanto, que lá não as têm. Faz parte de todos nos.
Desse modo, para mim Luxa seria um técnico possível de se apostar, um salto no brilho do passado que ainda pode brilhar… já que todos que vierem seja qual for na verdade será uma aposta, por outro lado Luxa, este tem um prognóstico pregresso mais favorável de sucesso! Se não deu certo do Sport, é problema do Sport, Telê, também mesmo dirigindo brilhantemente, por duas ocasiões a mais bela seleção após a de 70, teve seus revés, e foi por muitos, até mesmo por mim, elevado a pecha de azarado, e no São Paulo deu-nos o troco!
Portanto, meu voto vai para Luxemburgo. É chato, mas conhece ainda do traçado! E como!
Lázaro Sampaio, Gurupi-TO, torcedor do Bahia, amigo e colaborador do Futebol Baiano
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